No AMAZÔNIA:
Considerado o segundo período mais importante do ano para o comércio, o mês de julho aquece a economia no Pará e eleva o lucro das lojas em mais de 20% na comparação com outros meses do ano. Contudo, o verão paraense segue na contramão de algumas regiões do País, onde o clima esfria. Lojistas reclamam que o contraste climático entre os Estados resulta em dificuldades na hora de repor o estoque, principalmente no Norte do País, onde a entrega fica mais demorada e em quantidades inferiores às solicitadas. Para que as vitrines não destoem da moda, comerciantes contam que é preciso se planejar com muita antecedência, sempre de olho nas necessidades do consumidor. Confecções e acessórios encabeçam a lista de compras dos veranistas.
Para Arnaldo Mota, gerente geral do shopping Castanheira, o sucesso do verão é fruto de planejamento. Arnaldo afirma que alguns produtos chegam da região Nordeste. 'O verão é forte comercialmente e só perde para as compras natalinas. Com a rede de ensino de férias, a movimentação nas lojas é grande. Comprar vira um entretenimento para quem fica na cidade', avalia.
Mota explica que entre julho e dezembro o comércio vende mais. Por isso os fornecedores de todo o País já ficam de olho no mercado nacional. 'Os fabricantes do Sul do País não fabricam somente para aquela região. As grandes lojas do eixo Sul-Sudeste já têm o deslocamento voltado para o Norte. Quando fabricam a produção de janeiro, já pensam no que será negociado em junho com o Norte', afirma. Mota aponta o mercado nortista como um dos mais representativos do cenário nacional. 'Não tenho os números em percentuais, mas as grandes lojas nacionais de confecção instaladas no Norte ocupam a terceira ou quarta posição nas vendas de todo o Brasil', revela.
Nesta época comércio paraense compra em saldões, explica Joy Colares, vice-presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belém (Sindlojas). 'Em Belém, se compra antes do período de julho. Em alguns casos se aproveita o saldo de verão do Sul - o que é bom, pois se compra mais barato. O produto que não tem saída lá, os fabricantes mandam para cá', revela.
Antônio Carlos Maziviero, gerente de Marketing do shopping Pátio Belém, conta que a tradição de chamar este período de verão já fez muita empresa de fora do Estado se adaptar. 'Em virtude da proximidade entre as estações primavera e verão, as lojas começam a trabalhar seus produtos, estoques e compras com o foco no verão. As franquias, dentro da coleção primavera, procuram o que é mais adequado para o nosso clima. O verão é o que mais se iguala', explica. Para Apoena Souza , gerente de Marketing da Visão, as vendas neste mês de julho estão excelentes. 'Fechamos junho acima da média de mercado, que está em torno de 20%. O forte do verão é a confecção', destaca.
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