domingo, 5 de julho de 2009

O caldeirão vai ferver

No AMAZÔNIA:

O duelo entre Paysandu e Águia, hoje à tarde, promete ser um dos jogos mais nervosos do Campeonato Brasileiro da Série C deste ano. Às 16 horas, na Curuzu, estarão em campo, além da rivalidade regional, dois times em situações diferentes. O Águia continua bem, mas vem de um empate dentro de casa contra esse mesmo adversário (2 a 2), o que fez com que o Azulão mantivesse a vantagem de três pontos em relação ao time da capital. Do outra lado, o Paysandu vem de uma semana turbulenta, depois de sofrer sua primeira derrota na competição - 3 a 2 para o Luverdense-MT, fora de casa - e trocar de treinador. No entanto, os bicolores esperam contar com a força de seu 'caldeirão' para superar.
No retrospecto do confronto, o time da casa leva vantagem. Já foram realizados, desde 2003, 22 jogos entre as duas equipes. Desses, o Papão venceu 11 jogos, e o Azulão sete (quatro empates). No quesito número de gols, o Paysandu também sobressai: 40 para o Bicolor e 27 para o time de Marabá. Do ano passado para cá, porém, há um equilíbrio entre os dois times, com quatro vitórias para cada lado, além de três empates. O último jogo foi o 2 a 2 do dia 20 de junho, pela quarta rodada do Grupo A.
É com o peso desse passado que os dois técnicos, João Galvão e o estreante Válter Lima, irão armar seus 'exércitos' para a batalha da Curuzu. No Paysandu, Valtinho terá o mesmo problema que Édson Gaúcho enfrentava havia várias rodadas: os desfalques. O Papão não poderá contar com o volante Mael, que segue machucado, e nem com os meias Zeziel, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e Rossini, que rescindiu contrato. 'Certamente a equipe sentirá a falta dos três, mas estamos todos motivados e faremos tudo para suprir estas ausências', disse o atacante Zé Carlos.
Os bicolores não pensam em crise, mas sabem que uma derrota para o Águia, ou outro empate, aumentaria o clima ruim. Para o meia-atacante Vélber, no entanto, não há motivos para isso. 'Temos muitos jogos pela frente e podemos ficar entre os primeiros, sim. O problema é que estávamos tão bem que o torcedor ficou exigente e só quer a vitória. Aliás, nós também queremos, e é o que prometemos para o jogo contra o Águia', afirmou.
Do lado marabaense, os três pontos já seriam o bastante para consolidar uma arrancada em busca da classificação que se iniciou no jogo contra o Rio Branco-AC e teve prosseguimento diante de Sampaio Corrêa-MA e Luverdense-MT, ambos fora de casa. Porém o ingrediente rivalidade apimenta ainda mais a importância deste jogo. Além de ajudar a subir na tabela e diminuir a distância que separa o Águia da segunda fase, os três pontos em cima do Papão, conquistados dentro da Curuzu, dariam sustância ao Azulão para buscar mais vitórias nas últimas rodadas.
Depois de encarar o Paysandu, o Águia tem ainda o Luverdense-MT (no próximo domingo, em Parauapebas), o Sampaio Corrêa-MA (dia 26, também em casa) e o Rio Branco-AC (dia 2 de agosto, na Arena da Floresta). Os jogadores do Águia sabem que a hora de embalar de vez é agora.
'Jogar contra o Paysandu é sempre complicado porque envolve rivalidade. Mas precisamos desta vitória para consolidar a nossa campanha', avisou o zagueiro e capitão Edcléber. O atacante Bruno Rangel, artilheiro da Terceirona com sete gols, sabe que não terá sossego e prevê muito trabalho para domar o Papão dentro da Curuzu. 'Eles vão correr mais do que nunca. Vamos ter que jogar muito para vencer os caras', prevê o centroavante.

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