No AMAZÔNIA:
Na Cremação, os moradores decidiram abrir os dutos da Cosanpa que cortam o bairro para pegar água. Entre eles, os localizados nos canais da Doutor Moraes e Fernando Guilhon. A iniciativa foi comemorada pelas crianças com muita festa. Elas tomaram banho no meio da rua.
No Parque Ambiental de Belém, famílias inteiras foram ao local em busca de água. Quem costumava ir sempre ao Utinga disse que se surpreendeu com a quantidade de gente que esteve lá ontem de manhã.
De acordo com o fotógrafo Wagner Pinheiro, essa foi a única solução encontrada para não ficar sem água durante todo o dia.
Inácio Paiva Lima, que vai ao parque às segundas e quartas, informou que vale muito a pena sair de Val-de-Cães, bairro onde reside, para pegar água no Utinga. Isso porque o galão de 20 litros de água está custando cerca de R$ 5 e não dura nem uma hora. 'Na minha casa moram cinco pessoas. É melhor me deslocar até aqui do que ter que gastar muito dinheiro para apenas um dia de água', informou.
Alex Amado, que está desempregado, foi do bairro da Terra Firme até o Utinga de bicicleta. No local, ele conseguiu abastecer três galões de 20 litros mais duas garrafas de 2 litros com água. Já o motorista Thiago Fernandes, também da Terra Firme, deixou de trabalhar para ajudar os vizinhos. Ele encheu 30 recipientes de plásticos, com capacidade de aproximadamente 15 litros, e levou para os moradores do bairro de caminhão.
Lucro - Mas, apesar dos prejuízos ocasionados pela falta de abastecimento, teve quem lucrasse ontem de manhã.
Distribuidoras e depósitos de água mineral duplicaram as vendas. A distribuidora Indaiá, cuja a venda diária é de, aproximadamente, 500 unidades por dia, teve que pedir reforços para conseguir atender à demanda. Eles tiveram que colocar dois caminhões extras, cada um com 200 garrafões de água, para não decepcionar quem procurou os serviços da empresa.
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