quarta-feira, 11 de março de 2009

Vélber relembra o seu drama

No AMAZÔNIA:

Quem convive com o meio-campista Vélber, de 30 anos, e o vê sempre alegre, o que lhe rendeu o apelido de 'Risadinha', não é capaz de imaginar o drama vivido pelo jogador na época em que ele esteve no São Paulo. Por muito pouco o apoiador não teve a sua perna direita amputada, por conta de uma doença que provocou o inchaço da perna da coxa ao tornozelo, o que o eliminaria para o futebol. 'Foi a fase mais difícil que passei na minha vida', revela. 'Felizmente pude superar o problema, que fatalmente me afastaria do que mais gosto de fazer, que é jogar futebol', recorda.
'Minha perna ficou uma coisa horrível', conta. 'Pensei que seria o fim de minha carreira, mas graças a Deus tive forçar para superar essa dificuldade', festeja, ainda hoje, o jogador. A enfermidade, porém, fez com o que o ídolo da fiel chegasse a ficar um ano afastado dos gramados. O problema, segundo o atleta, acabou por prejudicá-lo no Tricolor. 'Mesmo assim, na minha volta, consegui ser titular', conta. 'Mas logo em seguida tive uma lesão e fiquei mais seis meses em tratamento. Quando fui liberado, o Danilo estava jogando muito e era o dono do time', lamenta.
Ainda como jogador do São Paulo, o meia foi emprestado ao Fortaleza/CE e Ponte Preta/SP, até ser liberado de vez pelo Tricolor. A transferência para equipes menores, no entanto, não acabou com o sonho de Vélber de voltar a atuar em um clube de ponta do futebol nacional. 'Nunca é tarde para se realizar um sonho', diz. 'Claro que ainda continuo tendo a esperança de jogar em uma grande equipe, não que o Paysandu não seja grande. Falo de uma equipe de ponta, como o próprio São Paulo, o Palmeiras, o Flamengo, Cruzeiro, algo assim', explica.
Vélber afirma que se cuida à espera da concretização do sonho. 'Sou um cara que não gosta de noitadas e de bebedeira', garante. 'Meu negócio é treinar, jogar e estar com a família', complementa. O jogador acredita que faltou sorte em sua passagem pelo Tricolor. 'Não houve discriminação na minha época de São Paulo. O que houve foi um pouco de falta de sorte', avalia. Autor de quatro gols no Parazão, o meia vive uma 'lua-de-mel' com a fiel. 'Estou muito feliz com essa minha volta à Curuzu', revela. 'Aqui sempre fui feliz e agora a situação está se repetindo', observa.
No jogo em Breves, Vélber teve um desentendimento com o filho do presidente do Vila Rica, Antônio Sérgio, o Ventania. Ontem, ele revelou, na Curuzu, o motivo do entrevero. 'Em 2003, o Ventania e um empresário, um tal de Gambazi, queriam que eu assinasse um contrato com eles sem o Paysandu saber. Como não aceitei, eles ficaram com raiva', diz Vélber, que promete processar o filho de Ventania.

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