quinta-feira, 26 de março de 2009

Oposição vai à Justiça

No AMAZÔNIA:

A sessão de ontem na Câmara Municipal de Belém que decidiria o destino da Comissão de Inquérito Parlamentar da Saúde (CPI) no município, terminou na mesma. O presidente da casa, Walter Arbage, decidiu manter o arquivamento da CPI, o que provocou indignação entre os vereadores a favor da instauração. Um mandado de segurança para que a CPI seja iniciada será encaminhado à Justiça do Estado, ainda esta semana, pelos vereadores de oposição. O prazo para que a Justiça se manifeste sobre o caso é de, no máximo, 10 dias úteis.
O desentendimento entre os vereadores começou logo no início da manhã. Durante a sessão, houve bastante tumulto e confusão entre os manifestantes que assistiam à plenária na galeria, o que interrompeu por mais de três vezes o debate entre os vereadores. Além dos motivos relacionados às brigas entre os manifestantes, outros pedidos foram feitos pelos vereadores da base aliada para que a sessão fosse interrompida.
O primeiro pedido de suspensão da sessão foi feito em decorrência da morte de um parente do presidente da casa. Indignados, os vereadores a favor da CPI não aceitaram o pedido. Mas, o desentendimento maior ocorreu após a declaração do presidente da Câmara de que não levaria o pedido de CPI à votação na plenária porque os vereadores aliados não aceitaram a ação. 'É um absurdo o presidente ouvir a base aliada e não agir como um magistrado. Ele não é o dono do poder e deste jeito, está rasgando o regimento da casa', afirma o primeiro vice-presidente da Câmara, vereador Carlos Augusto. Para o requerimento ser encaminhado à CCJ, bastariam 18 votos dos vereadores presentes.
No entendimento dos vereadores que são contra o arquivamento, Arbage não cumpriu sua palavra que garantia que o requerimento seria colocado em votação. 'Arbage não tem mais condições de presidir a Câmara, pois temos um presidente totalmente submisso às decisões da base aliada', disse o vereador Iran Moraes.
Segundo Arbage, na última terça-feira, ele se comprometeu a apenas ouvir as solicitações dos vereadores que querem a CPI.
'Eu assumi o compromisso de ouvir os dois lados e, a partir daí, tomar minhas decisões. A matéria já estava decidida, mas, mesmo assim, eu atendi ao pedido de rever as considerações', completa o presidente, que, após essa declaração, deu por encerrada a discussão sobre a CPI.

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