O banditismo por telefone continua.
Na última quinta-feira à noite, por volta das 19h, o telefone fixo tocou na residência de um taxista, amigo aqui do pessoal da redação do blog.
- Espera um pouco que uma pessoa vai falar – disse o interlocutor para o motorista.
- Pai, aqui é a Fulana. Estou seqüestrada.
O taxista tremeu. Era a voz perfeita da filha dele, uma adolescente.
O bandido entrou na linha, declinou o nome completo da garota e exigiu que o pai dela, cada vez mais apavorado, fizesse um depósito de R$ 800,00.
Como não tinha o dinheiro na ocasião, foi a uma casa lotérica.
Enquanto isso, os bandidos exigiram que a família informasse o celular do mototaxista, o que foi feito.
Com isso, um outro bandido ficou falando com a mulher do taxista – mãe da garota – pelo telefone fixo, para impedir que ela fizesse qualquer outra ligação.
No caminho para a lotérica, o taxista, então à beira do pânico, recebeu uma ligação do bandido, orientando-o que fizesse o depósito de R$ 800,00 para a compra de créditos de celular. O celular do bandido, é claro. E um celular com prefixo do Rio de Janeiro.
E assim foi feito.
Tão logo o depósito se consumou, o bandido ligou para o taxista.
- O crédito [de R$ 800,00] já caiu pra mim. Sua filha está libertada.
Só então o motorista e sua mulher foram procurar pela filha que teria sido mantida refém.
Era mentira.
Ela nunca esteve, felizmente, sob o poder de sequestradores.
Estava na casa da avó, onde iria domir.
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