quinta-feira, 26 de março de 2009

Cerco a Ana júlia

No AMAZÔNIA:

Dezenas de agentes excluídos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Pará voltaram ontem a ocupar o portão de entrada do condomínio Cristalville, na rodovia Transmangueirão, onde mora a governadora do Estado, Ana Júlia Carepa, para protestar contra a falta de diálogo entre os militares e o governo. Segundo eles, a governadora teria assinado um decreto no início da gestão dela determinando que fosse reavaliado o afastamento de cerca de 1.500 militares paraenses, mas a medida não teria sido obedecida pelos comandos da PM e dos Bombeiros. 'Vir à porta da casa da governadora é uma ação extrema, sim, mas é nossa única alternativa. Estamos há dois anos tentando resolver tudo numa boa', afirmou o presidente da Associação em Defesa dos Militares do Pará, o major aposentado Walber Wolgrand.
A manhã de ontem foi a terceira em que os membros da associação ocuparam a entrada do condomínio. Na quarta-feira, 18, e no sábado, 21, manifestantes foram ao local e tiveram os ânimos contidos por policiais civis e militares. Por volta das 7 horas de ontem, cerca de 30 ex-PMs e ex-bombeiros surgiram na Transmangueirão empunhando faixas em protesto contra a demora com que a readmissão dos militares - afastados, segundo eles, sem abertura de processo administrativo ou publicação no Diário Oficial - tem sido administrada pelos comandantes das corporações.
'Exotados' - Além de não terem sido recebidos pela governadora, os policiais militares afastados disseram ter sido 'enxotados' do local por agentes da Ronda Tática Metropolitana, do Grupo de Pronto Emprego e até da cavalaria e da Polícia Civil, apesar de a manifestação ter sido pacífica. 'Fomos expulsos como se quiséssemos agredir alguém. Disseram que tinham ordens de nos prender por ‘vadiagem’ até. Mas não é isso. Só queremos falar com a governadora em pessoa, porque seus assessores e subordinados não estão do nosso lado', afirmou um ex-PM, que pediu para ter a identidade preservada.
A polêmica entre os militares afastados e o governo começou em 2007, quando a governadora teria assinado um decreto exigindo que a situação deles fosse revista pelo comando militar paraense. À época, uma comissão chegou a ser criada para reavaliar os afastamentos. Em seguida, foi criada a Associação em Defesa dos Militares do Pará, com pouco mais de 30 excluídos.
Juntos, eles encaminharam um requerimento para que o alto escalão da PM e dos Bombeiros revisasse os afastamentos - hoje, já são 1.500 afastados da capital e do interior que aderiram à causa. 'A burocracia nos enrola há dois anos, e tudo o que queremos é um ‘sim’ ou um ‘não’ da governadora. Ela demonstrou interesse em nos ajudar em 2007', afirmou Walber Wolgrand. 'Muitos casos já prescreveram na Justiça, e só o governo do Estado pode intervir para nos ajudar. Tem gente aqui que depende deste emprego, está passando dificuldade desde que foi afastada sem motivos claros', avalia.

Um comentário:

Anônimo disse...

O PT da ANA Kits e dicionários esta agora pegando a forra. Nos outros governos quando eles faziam estas balburdias era a mesma coisa.