Auditor menciona e acusa bispo do Xingu ao depor em CPI

Não se leu até agora – inclusive em jornais - qualquer menção sobre isto nos jornais.
Mas o certo é que o auditor o auditor fiscal da Sefa (Secretaria de Estado da Fazenda) João Antônio Flores Neto, quando foi ouvido pela CPI da Pedofilia na condição de suspeito de abusar de uma menor de idade no município de Altamira, acusou textualmente o bispo da Prelazia do Xingu, dom Erwin Kreutler, do crime de “formação de quadrilha”.
Flores meteu o bispo no mesmo balaio de um suposto esquema que envolveria o favorecimento a empresas que estariam sendo beneficiadas pela emissão ilegal de notas fiscais avulsas.
Estima-se que as fraudes sejam de aproximadamente R$ 160 milhões. Mas se confirmado o, digamos, modus operandi dos envolvidos no alegado esquema, esse valor pode ser multiplicado por 12, porque as fraudes se repetiriam em municípios como Abaetetuba, Belém, Breves, Capanema, Castanhal, Marabá, Marituba, Paragominas, Redenção, Santarém e Tucuruí.
Como as denúncias do auditor fiscal fogem ao âmbito de investigação da CPI, os membros da comissão remeteram à Sefa e ao Ministério Público o teor das acusações de Flores Neto, acompanhado do e-mail que o acusado afirma ter mandado para um colega, referindo-se à suposta participação do bispo da Prelazia do Xingu nas fraudes.
Na última terça-feira, inclusive, o site da Agência Pará de Notícias divulgou uma nota em que o governo do Estado informa que a Sefa investiga as denúncias do auditor fiscal, respeitando o sigilo fiscal dos contribuintes, por meio de ação fiscal. “Na área de fiscalização, tomou as medidas de controle necessárias para evitar que novas irregularidades sejam cometidas na emissão de nota fiscal avulsa”, diz a nota.