De um Anônimo, sobre a postagem “Para a Vale, o Pará não vale nada”:
Assim como tem a associação dos sem terra, dos sem teto, dos sem tora, dos atingidos por barragens, os toureiros, os gatos, das ligas dos camponeses, de garimpeiros, vou criar uma, para a qual os convido: os dos atingidos pela Vale.
Ela será formada não só pelos quase dois mil demitidos, como pelos paraenses que não recebem nada das riquezas que são levadas daqui.
A propósito, juntos questionaremos numa ação popular, por exemplo, quais os incentivos fiscais quem a empresa recebe, quem foram os responsáveis por sua idealização etc.
Aliás, lanço um desafio para o governo: que divulgue na Imprensa, aqui mesmo no Blog,o instrumento legal que deu tais incentivos e os valores recebidos pelos royalties. Ou será não existem? Será sigiloso? Se for, vamos chamar o Protógenes que ele dá um jeito de descobrir.
Aí é que eu quero saber se há mesmo lambança.
Vamos lá, Blog, faça a sua parte, cobre mais isso do governo.
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Do Espaço Aberto:
Sinceramente, em coisas assim, nem o Protógenes dá jeito, Anônimo. Nem o Protógenes.
Veja só.
Não seria preciso lançar qualquer desafio, não seria preciso qualquer cobrança veemente, seria dispensável qualquer insistência para que informações como essas fossem claramente disponibilizadas ao público.
Não é o que acontece, como se vê.
E continua tudo como sempre foi: em relação ao Pará, a Vale procura arrefecer o peso das cobranças, procura mitigar suas culpas – se é que a empresa as tem – apoiando algumas iniciativas culturais e informando, sempre que questionada, o volume de royalties repassados ao Estado em decorrência de suas atividades em território paraense.
Perfeito.
Tudo isso é equivalente ao aos lucros que a Vale aufere aqui?
Anônimo, aguardamos que se concretize sua ação popular.
E, já que você prestou aqui essa preciosa informação, o blog pediria, se não fosse demais, que você nos desse o privilégio de divulgá-la aqui, com o máximo destaque, quando for ajuizada.
3 comentários:
Deve demorar, porque somente após um ano de fundada é que é possível a uma associação ingressar com ação pupular.
Então, caro Anônimo, por que não recorrer aos préstimos de uma das Associações já existentes, como, por exemplo, alguma Associação de Defesa do Consumidor indefeso ?
Por que não questionar também o usufruto ad eterna rei memorian, pela Vale, dos recursos naturais do subsolo , pertencentes à União e ao povo paraense/brasileiro ?
Porque se elas existem e até agora não fizaram nada, nunca farão.
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