De um Anônimo, sobre a postagem Lambanças do governo Ana Júlia assustam petistas e desviando um pouco o assunto para os prós e contras sobre a ação da Vale no Pará.
O blog chegou a objetar que a Vale faz bem e mal ao Pará, mas, no que faz de bom, a Vale poderia fazer muito melhor.
O leitor discordar.
Leia.
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Perdão, caro blogueiro, mas a Vale só faz mal, e muito mal, ao Pará. Ganhou de graça uma das maiores riquezas do Brasil, quintuplicou o lucro do pequeno grupo agraciado com esse 'presentinho", extrai toda nossa riqueza e paga por isso menos que bananas, além de tratar o Pará como se fosse propriedade dos Agnellis da vida. Agora, com a justificativa de uma crise, manda pra rua milhares de pessoas cujas famílias vão engrossar o contingente de favelados no Estado.
Para a Vale, o Pará não vale nada, é apenas o depósito do estoque de riquezas que ela almeja.
E nós, paraenses, apenas balançamos a cabeça, verdadeiras vacas de presépio.
10 comentários:
Lembram-se do que aconteceu no Amapá?
Vai ser o mesmo aqui. O tempo vai comprovar. Guarde esse comentário.
Ao anônimo das 12:33 e ao poster,
Assim como tem a associação dos sem terra, dos sem teto, dos sem tora, dos atingidos por barragens, os toureiros, os gatos, das ligas dos camponeses, de garimpeiros, vou criar uma, para a qual os convido: os dos atingidos pela Vale.
Ela será formada não só pelos quase dois mil demitidos, como pelos paraenses que não recebem nada das riquezas que são levadas daqui.
A propósito, juntos questionaremos numa ação popular, por exemplo, quais os incentivos fiscais quem a empresa recebe, quem foram os responsáveis por sua idealização etc.
Alías, lanço um desafio para o governo: que divulgue na imprensa, aqui mesmo no Blog,o instrumento legal que deu tais incentivos e os valores recebidos pelos royaltes. Ou será não existem? Será sigiloso? Se for, vamos chamar o Protógenes que ele dá um jeito de descobrir.
Aí é que eu quero saber se há mesmo lambança.
Vamos lá, Blog, faça a sua parte, cobre mais isso do governo.
Caro Anônimo que fez um comentário hoje, abordando a questão das ações da Vale.
Mil desculpas!
Recusamos a publicação do comentário sem querer. Clicamos na opção errada, inadvertidamente, e o comentário foi recusado.
Perdão! Perdões!
Se não for demais, pode mandar novamente.
Era um ótimo comentário sobre este assunto.
Abs.
OK, vamos recapitular então:
Constitucionalmente os bens minerais são da UNIÃO, e não do estado. Por isso originalmente VALE era estatal, como ainda o é a PETROBRÁS. A concessão de royalties ao ESTADO é regulamentada pela UNIÃO, por isso mesmo, diante da atual crise internacional, o Lula acabou de reduzi-los na tentativa de eliminar mais cortes de pessoal na VALE.
Ao ser privatizada pelo Fernando Henrique, este manteve 49% das ações nas mãos da UNIÃO. Destes 49%, em ótimo momento domercado, o Lula já vendeu 24% e manteve 25%.
Este dinheiro e estes 25% rendem muito mais a UNIÃO do que impostos, e ao contrário dos impostos, não entram com uso direcionado nos cofres públicos, liberdade total de aplicação em PACs eleitoreiros da vida? Ou em Boeings? Onde queira...
A VALE é uma empresa, não foi eleita por nós, portanto, para o bem e para o mal, o fato é que nada nos deve. Quem nos deve são aqueles que elegemos e de quem devemos cobrar.
Enquanto empresa, a VALE nas mãos do Agnelli alcançou em pouco mais de 10 anos um status mundial ímpar, tanto que os 25% das ações hoje ainda com a UNIÃO rendem muito mais do que toda a estrutura burocrática estatal que existia.
Outra informação interessante: mais de 30 cargos do alto escalão da VALE, oriundos do período jurássico estatal, pediram demissão neste período, por não aguentarem a pressão da fase Agnelli de crescimento...como todos sabem, funcionário público de uma forma geral, não gosta de trabalhar, apesar de gostar do paternalismo estatal que lhe garante o salário mesmo que ele coce o saco o dia inteiro.
Agora diante disto, como podemos esperar que o Lula cobre mais impostos, se estes impostos vão comer a lucratividade de 25% das ações da VALE? Mas pode-se pensar, como aumentar os royalties e direcioná-los mais para o Estado do Pará? Mas nesse momento de crise é inoportuno...Ah, quem sabe o Lula pudesse rediscutir a divisão desta fatia de 25% do bolo com a Ana Júlia? Alguém podia lembrá-los que são do mesmo partido? Alguém podia lembrá-la que ela é GOVERNADORA e isso não significa apenas mais tailleurs e sapatos no closet? Bom, acho que fui mais parcial agora do que antes, mas a verdade é essa. A VALE não é uma empresa exemplar, ela é uma empresa. (ponto)E Capitalismo é isso. Quem tem que dar exemplo é o ESTADO e a UNIÃO. Eu particularmente prefiro o Socialismo Anarquista, mas aí, só indo morar numa ilha, bem menor que Cuba de preferência...
Excelente, Anônimo.
Vou postar seu comentário com destaque, amanhã.
Abs.
Não estou aqui para elogiar ninguém, nem acusar. Quero é transparência nesse negócio.
Se é regulamentada pela União, com a palavra o Ministério Público Federal.
Status? Vendendo minério de ferro e na quantidade retirada qualquer mané faria o mesmo. Basta vender, porque essa matéria prima sempre haverá quem queira pagar.
Quanto de royaltes foram pagos em 2008 ao Estado do Pará?
Será que há sigilo nisso tudo?
Há, já sei, vão dizer que divulgaram um balanço e que estava tudo lá anotadinho.
Seria bom uma respota da empresa assim: Em 2008, até o mês de novembro, foram repassados ao governo do estado do Pará ......... em royaltes.
Ou, então, uma do governo estadual assim: Em 2008, o estado do Pará recebeu ........... em royaltes pagos pela vale.
Será que o Pará recebe royaltes? Não sei. Sou leigo. Tem alguém por ai que sabe de alguma coisa?
É simples. Basta boa vontade. Ou não?
Dúvido que saia uma respota, duvido! Estamos no Brasil e especificamente no Pará.
Ei blog, pede para o (a) anonimo (a) das 12:17 que divulgue quanto o Pará recebeu de royaltes. Parece que ele (a) sabe alguma coisa.
Na rica Parauapebas rica, povo pobre
Escrito por Ronaldo Brasiliense
11-Mai-2008
MÁ GESTÃO DE DARCI PREJUDICA A POPULAÇÃO
Parauapebas, no sudeste do Pará, tem hoje uma das maiores rendas per captas do Brasil – duas vezes maior do que a de Belém, a capital do Estado - graças aos royaltes que recebe da exploração mineral de seu território, onde desponta a Vale – no Projeto Ferro Carajás – e outras mineradoras menores. Para se ter uma idéia da espetacular ascensão econômico do município, Parauapebas contabilizou um crescimento de 76,5% na sua receita bruta em apenas cinco anos. O município ostenta, graças a esse crescimento, o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Pará, sendo superado apenas por Belém. Mas o que se vê é que essa pujança econômica, paradoxalmente, não se reveste em benefícios para a população.
O prefeito Darci Lermen (PT), flagrado em discurso aloprado, em vídeo, incentivando militantes do MST a promoverem atos de vandalismo contra a Vale – querendo matar a galinha dos ovos de ouro, como na fábula infantil – tem se preocupado mais a construir obras suntuosas, como a nova sede da Prefeitura, em área privilegiada, do que investir em setores básicos como educação, saúde, segurança pública e transporte. Talvez essa opção preferencial por obras faraônicas explique o gigantesco endividamento da prefeitura de Parauapebas, que hoje já ultrapassaria R$ 80 milhões com empreiteiras e fornecedores.
Parauapebas nada em dinheiro, mas seus moradores não usufruem dos benefícios trazidos pelo crescimento econômico do município. Para se ter uma idéia da pujança de Parauapebas basta citar a receita per capta. Em 2007, Belém contabilizou uma receita total de R$ 1.108.530,12. Dividindo-se esse valor pela população estimada da capital – 1.408.847 habitantes, tem-se uma receita per capta de R$ 787. Parauapebas ganha fácil da capital: para uma receita total de R$ 239.099.972,00 e população estimada em 133.298 habitantes, contabiliza-se uma receita per capta de R$ 1.794,00, mais do que o dobro da constatada na capital paraense.
postado por ANOMINO 12:27
Com a informação de valores de Parauapebas, faça seus cálculos, determinados por regulamentação federal:
O DNPM_Departamento Nacional de Pesquisas Minerais é quem reparte os royalties; 12% ao próprio DNPM,23% ao Estado e 65% ao Município. Você tem aí o número de Parauapebas. Procure também perceber que o estado recebe também de outros municípios, e os royalties variam por minério, TUDO REGULAMENTADO PELA UNIÃO.
Faça uma consulta junto ao DNPM, eles detem todos os números, sabem dizer inclusive se as contas estão pagas ou atrasadas, e eles tem escritório em Belém.
E lembre-se, o status que a VALE tem hoje, como você disse, poderia ser alcanádo por qualquer mané vendendo minério de ferro...bom, por décadas, desde sua criação pelo governo militar, a VALE não teve manés competentes o suficiente para isso...
Não basta existir o minério, precisa existir competência para identificá-lo, extraí-lo, tratá-lo e exportá-lo.
postado por ANONIMO 12:27
De fato, não basta extrair minérios....
De fato, não tem manés competentes, apesar das duas mil pessoas demitidas....
De fato, não tem manés, mas se retirar os incentivos, não sei não...
Hoje não tem concorrente, mas se permitir que outro também explore....
o anônimo gosta mesmo é de segredinho. Deve saber os valores e não repassa ao público. Prefere um joguinho de lógica. Bom rapaz (ou moça).
A GM, a Ford e a Chrysler, também dizem ter dirigentes muito competentes, não é mesmo?
Então, por quê estão de pires da mão para solicitar 38 bilhões de dólares do povo americano?
E o que é pior, depois que conseguirem essa baba vão dizer que foi a competência deles que reergueu a empresa.
Quanto ao status, que você se referiu inicialmente e não eu, também se tivesse chefe falaria a mesma coisa.
"Não basta existir minério, precisa exisitir competência para identificá-lo, extraí-lo, tratá-lo e exportá-lo." É verdade. Então, por favor, poste todos os dias aqui neste espaço o valor das ações da sua empresa na bolsa. Se os valores estiverem despencando, sugiro que, a exemplo da Petrobras, faça um aporte de recursos junto à Caixa Econômica, com juros que nenhum aposentado consegue, para suprir seus problemas de liquidez. E não vá pôr a culpa na comnpetência do seu diretor, não: coloque a culpa no mercado, que não tem face, nome e nem endereço, mas serve para um bando de espertos se valerem dos cofres públicos para justificar suas incompetências.
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