sábado, 6 de dezembro de 2008

Paralisação de delegados de polícia foi de quase 100%

No AMAZÔNIA:

No segundo e último dia de paralisação dos delegados de polícia, ontem, a adesão da categoria foi de quase 100% segundo informações da presidente da Associação dos Delegados do Pará (Adepol), delegada Perpétua Picanço. De acordo com ela, apenas o diretor da Seccional Urbana do Comércio, delegado Waldir Freire, não aderiu à paralisação. 'Trata-se de um posicionamento individual dele', afirmou.
Naquela unidade, as ocorrências policiais foram registradas normalmente, ao contrário do que ocorreu nas outras seccionais e delegacias, em que somente foram feitos os registros de casos em flagrante ou crimes mais graves, como tentativa de homicídio. Apesar da paralisação, segundo Perpétua Picanço, os delegados estiveram presentes nas unidades de trabalho, como maneira de impedir o registro de ocorrências corriqueiras e dar força ao movimento.
As atividades dos delegados de polícia ficaram paralisadas durante dois dias, ontem e anteontem. A principal reivindicação é a isonomia salarial entre a categoria e os procuradores do Estado.
Perpétua Picanço afirmou que a paralisação se intensificou ontem, e a adesão de delegados aumentou. 'Por exemplo, na Seccional Urbana de São Brás, onde são feitos cerca de 100 registros de ocorrência todos os dias, hoje (ontem) só foi feita uma. Na Marambaia, onde a média também é de 100, só foram feitas seis ocorrências. Entretanto, nos casos em flagrante ou crimes mais graves os procedimentos foram normais', frisou.
A presidente da associação também afirmou que as atividades dos delegados voltam à normalidade hoje. Na semana que vem a categoria fará uma reunião e provavelmente definirá outra paralisação, prevê Perpétua. 'Já fizemos uma paralisação no final de outubro e teve esta agora, de dois dias', disse. De acordo com ela, é provável que as próximas paralisações sejam feitas em menores espaços de tempo. Também existe a possibilidade de que a categoria inicie um movimento grevista.
Os delegados querem o cumprimento da decisão do Tribunal de Justiça do Estado (TJE) que garante o pagamento da isonomia salarial entre a categoria e os procuradores do Estado.

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