sábado, 6 de dezembro de 2008

Júri condena aluna que matou a colega

No AMAZÔNIA:

A estudante Edlene dos Santos Gonçalves, 18 anos, foi condenada pelo Conselho de Sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri, ontem, a 21 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de sua colega de classe, Soraya Barbosa Marinho, crime ocorrido no dia 17 de junho deste ano. Como a defesa e a acusação não usaram todo o tempo previsto em lei para os debates, com réplica e tréplica, a sentença foi anunciada por volta de 13h30, antes do prazo previsto.
Os jurados acolheram a tese da promotoria quanto ao homicídio duplamente qualificado, motivado por vigança e sem chance de defesa da vítima. O crime foi cometido dentro da sala de aula, diante do professor, que dava aula no momento, e dos colegas de turma. A pena aplicada foi de 22 anos, mas por ser ré confessa, teve uma pequena redução, como prevê a lei para os atenuantes. Edlene permanecerá presa do Centro de Recuperação Feminino (CRF), no Coqueiro.
A sessão foi aberta às 8h, no plenário do júri Desembargador Elzaman Bittencourt, na presença de dezenas de pessoas, que assistiram da platéia todo o julgamento vestidos com uma camiseta onde estava estampado o rosto da adolescente morta. Entre elas estavam o pai de Soraya, Josias da Silva Marinho, acompanhado do filho, um menino de 12 anos.
Recurso - A defesa de Edlene, função da advogada Marilda Cantal, apresentou a tese de homicídio privilegiado, alegando que a ré desferiu as facadas logo após sofrer provocação da vítima. A pena prevista para esse tipo de crime é a mesma que a de homicídio simples, 6 a 20 anos, como redução de um sexto. Com as qualificadoras, a pena passa de 12 a 30 anos de reclusão.
Marilda Cantal disse que os jurados votaram contrários às provas dos autos. E declarou que recorrerá ao tribunal. Também disse que recorrerá em relação à 'dosimetria da pena', quantidade de anos imposta na sentença proferida pelo juiz presidente da sessão. Na próxima semana, Cantal ingressará com recurso no Tribunal de Justiça pedindo diminuição da pena.
A sentença foi anunciada, após seis horas de julgamento pelo juiz Raimundo Moisés Flexa.

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