As famílias de agricultores tradicionais de Burajuba, em Barcarena, no Pará, comemoraram ontem, a primeira vitória na luta que enfrentam há décadas para garantir o direito de viverem em paz nas terras onde nasceram. Cópias da decisão judicial que impede que a Companhia de Desenvolvimento de Barcarena (Codebar) venda a área foram entregues à comunidade durante uma reunião com o Ministério Público Federal (MPF), autor da ação contra o leilão do terreno.
“É o maior presente de Natal que nós já recebemos”, disse a presidente da associação de moradores, Maria do Socorro Costa da Silva. “Faz mais de trinta anos que vivemos aqui e nunca ninguém nos escutou. Essa é uma chance que não vamos perder”, afirmou. A decisão liminar (urgente e provisória) da Justiça Federal em Belém prevê uma multa diária de R$ 10 mil caso a Codebar descumprir a ordem.
A decisão é, na prática, o primeiro documento que reconhece o direito das famílias àquela terra, informa o procurador da República Felício Pontes Jr., que assina a ação. “Burajuba é um caso emblemático de como os grandes projetos implementados na Amazônia simplesmente negaram a realidade do povo que vive aqui”, comentou o procurador. As terras da comunidade estão na região central da área reivindicada pela Codebar, empresa criada em 1979 para executar a urbanização de apoio à instalação do complexo industrial metalúrgico no município.
Além do MPF, participaram da reunião representantes do Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado (Ideflor), que iniciaram os primeiros debates com as famílias com o objetivo de que todas recebam o título da terra e que possam gerar renda a partir de atividades econômica e ambientalmente sustentáveis.
“Até agora nossa produção era de subsistência porque muitas vezes a Codebar tentou nos tirar da área e isso desmotivou as pessoas a investirem mais nesse local”, conta o morador José Maria Barros. “Todo mundo tinha medo de botar roça e no dia seguinte ver tudo destruído”, relata o agricultor, que diz nunca ter precisado comprar remédios para os filhos porque consegue na mata de Burajuba todas as essências naturais necessárias para curá-los.
FOTOS (do MPF)
“É o maior presente de Natal que nós já recebemos”, disse a presidente da associação de moradores, Maria do Socorro Costa da Silva. “Faz mais de trinta anos que vivemos aqui e nunca ninguém nos escutou. Essa é uma chance que não vamos perder”, afirmou. A decisão liminar (urgente e provisória) da Justiça Federal em Belém prevê uma multa diária de R$ 10 mil caso a Codebar descumprir a ordem.
A decisão é, na prática, o primeiro documento que reconhece o direito das famílias àquela terra, informa o procurador da República Felício Pontes Jr., que assina a ação. “Burajuba é um caso emblemático de como os grandes projetos implementados na Amazônia simplesmente negaram a realidade do povo que vive aqui”, comentou o procurador. As terras da comunidade estão na região central da área reivindicada pela Codebar, empresa criada em 1979 para executar a urbanização de apoio à instalação do complexo industrial metalúrgico no município.
Além do MPF, participaram da reunião representantes do Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado (Ideflor), que iniciaram os primeiros debates com as famílias com o objetivo de que todas recebam o título da terra e que possam gerar renda a partir de atividades econômica e ambientalmente sustentáveis.
“Até agora nossa produção era de subsistência porque muitas vezes a Codebar tentou nos tirar da área e isso desmotivou as pessoas a investirem mais nesse local”, conta o morador José Maria Barros. “Todo mundo tinha medo de botar roça e no dia seguinte ver tudo destruído”, relata o agricultor, que diz nunca ter precisado comprar remédios para os filhos porque consegue na mata de Burajuba todas as essências naturais necessárias para curá-los.
FOTOS (do MPF)
1. Na foto ao alto, moradores levaram fotografias para homenagear parentes falecidos que sempre lutaram pela área.
2. Na foto acima, o procurador da República Felício Pontes Jr. (ao centro) explica detalhes da decisão judicial à presidente da comunidade, Maria do Socorro Costa da Silva (à direita)
Fonte: Assesoria de Imprensa da MPF
Fonte: Assesoria de Imprensa da MPF
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