Belém era um foguetório só, desde o final da tarde de ontem.
Em vários bairros, era foguetório que não parava mais. E entrou pela noite. Até por volta das 22h, 23h, ouvia-se perfeitamente o espocar de foguetes em vários pontos da cidade.
Pensava-se até que fossem comemorações pela vitória do Águia sobre o Guarani por 2 a 1, na estréia do time de Marabá no octogonal decisivo da Terceirona.
Mas não era, não.
Eram candidatos fazendo barulho.
Ou melhor, eram grupos contratados por candidatos fazendo barulho.
É bom desconfiar.
Quando alguns fazem muito barulho, é sinal de que pretendem chamar atenção só com barulho.
Já que não chamam atenção com votos, com preferências a seu favor, tentam chamar atenção com barulho.
E o pior é que conseguem chamar atenção assim.
Infelizmente, conseguem.
Um comentário:
Informo que também na Pedreira teve muitos fogos e barulho que entrou pela madrugada, só arrefecendo lá pela 1h da manhã. Muitos fogos, muito barulho e eu pensava que fosse em homenagem a algum dia santo, ou dia de santo ou santa. Mas a cidade hoje, domingo, ao menos até às 17h, viveu um dia inédito: por quase todo o dia aqui a Pedreira finalmente, em decorrência da Lei Seca, viveu um raro domingo de tranquilidade (agora sem trema). Daí se conclui que o barulho está mesmo associado ao consumo de álcool. Por sinal, que dupla! Álcool em excesso e barulheira desenfreada. Depois de 17h30, mais ou menos, o barulho de aparelhagens aí pelas bandas da Sacramenta deu o ar de sua desgraça e segue o tum-tum, martelando até a hora que esses infelizes acharem que podem continuar com o volume estrondoso. E nenhuma autoridade - onde? - ponha fim a esses abusos que se apegaram ao domingo de Belém como craca em casco de navio.
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