No Blog do Zé Dirceu, sob o título acima:
Há exatos 40 anos, em 3 de outubro de 1968, enfrentávamos na rua Maria Antonia, no centro de São Paulo, uma agressão que misturava provocação e conspiração na tentativa de dar fim ao centro político e cultural do movimento estudantil, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP).
A Maria Antonia e o Grêmio da Filosofia ali instalados eram ponto de encontro de todo o movimento estudantil da época, um caldeirão fervilhante de idéias, articulações, debates, eventos, ponto de encontro de artistas, intelectuais, enfim, de todos que lutavam contra a repressão da ditadura.
Naquele dia, o conflito que punha de um lado nós, estudantes de esquerda, e de outro a direita reacionária constituída por alunos da Universidade Mackenzie e integrantes do Comando de Caça aos Comunistas, o CCC, terminou em tragédia: a morte de um estudante de 20 anos, José Guimarães, além do fechamento da Faculdade de Filosofia, que foi muito depredada.
Hoje, quatro décadas depois, reflito, no Especial 68, sobre a importância daquele prédio e da rua Maria Antonia no movimento estudantil, sobre nossas lutas e, especialmente, sobre pessoas como Guimarães e tantos outros que deram a vida pela liberdade e pela democracia. Quero compartilhar essa reflexão com vocês, leitores, em meu depoimento "Maria Antonia: sonhos e ideais de 68".
3 comentários:
Seria bom esse "moço" fazer uma reflexão sobre o que era a esquerda brasileira e os movimentos estudantis.
E no que se transformaram hoje, após o acesso dos "companheiros" ao poder.
Os políticos, mensalões, aloprados, dolar na cueca, dossiês, tabulação de dados, severinos e tudo o mais;
Os artistas e intelectuais, se fingem de cegos, surdos e mudos, uns coniventes outros omissos;
E os estudantes se tornaram chapa-branca, a Une caladinha por gordas verbas estatais.
Direita, esquerda, tudo igual.
Rasgaram e queimaram o passado de lutas, debates e ideais.
O sonho acabou, os "rótulos" se foram.
Nem oposição existe mais.
Viva o "rei".
Seu comentário é perfeito, Anônimo.
Vou postá-lo na ribalta, no início da tarde deste sábado.
Abs.
"Mudam-se os generais, mas a corrupção é a mesma". Advinhem quem foi o autor dessa frase?
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