quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Invasão marcada

No AMAZÔNIA:

Alunos da Universidade Federal do Pará (UFPA) poderão fazer uma ocupação no prédio da Reitoria. Em assembléia realizada ontem pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) foi tirado como indicativo de ocupação no início de dezembro deste ano. 'Se a Reitoria mantiver a proposta de edital que está construindo para desvirtuar o foco das discussões de assistência estudantil, vamos fazer a ocupação, sim', disse Danilo Rezegue, coordenador geral do DCE.
De acordo com ele, a previsão legal é de investimento de 12% do orçamento da UFPA com assistência estudantil. Ou seja, com investimentos em ações de acesso e permanência com qualidade aos estudantes da instituição, para que possam concluir seus estudos. Estão previstos aí, ações voltadas para moradia, alimentação, apoio à participação e organização de eventos, entre outros.
Segundo Danilo Rezegue, o edital que a Reitoria está propondo foca apenas em ações relacionadas a apoio de eventos e, mesmo assim, disponibilizando verbas irrisórias. 'A Reitoria está desvirtuando o foco das discussões de assistência social na universidade e demandando valores muito pequenos para um único ponto de atuação, que é a realização e participação em eventos', disse o coordenador geral do DCE.
Na assembléia realizada na tarde de ontem, os integrantes do DCE decidiram organizar assembléias nos cursos para discutir a temática da assistência estudantil. Além disso, irão criar uma comissão para fazer levantamentos sobre os gastos com a referida área. 'Queremos construir um plano de assistência estudantil, a partir de discussões com os estudantes. A idéia é que nós decidamos onde e como essa verba deve ser empregada', disse Rezegue.
Para ele, considerando que a verba de custeio da UFPA, em 2007, foi de aproximadamente 55 milhões, deduzido o percentual regimental de 12%, o montante a ser empregado em assistência estudantil seria de 6,6 milhões. Para o estudante, o valor de 400 mil reais que a Reitoria quer destinar para Apoio Discente, além de estar aquém do previsto, não pode ser um arbitrário, pois o Movimento Estudantil quer discutir o todo, inclusive, como deve ser aplicado.
De acordo com ele, o programa de Assistência ao Estudante da UFPA é muito mais ousado, pois, visa estabelecer valor diferenciado no Restaurante Universitário, alegando que alguns alunos 'socioeconomicamente vulneráveis' teriam taxa zero enquanto outros pagariam até R$ 3,00 reais. 'Quem tem que garantir taxa zero aos estudantes de baixa renda é a universidade, e não outro estudante', diz Rezegue.

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