Na FOLHA DE S.PAULO:
O inquérito da Polícia Federal que culminou na Operação Toque de Midas aponta indícios de que Eike Batista, presidente da MMX, empresa suspeita de ter sido beneficiada na licitação de uma ferrovia do complexo minerador da serra do Navio (AP), foi o "mentor intelectual" da suposta fraude.
"Eike Batista, como mandante, mentor intelectual, tinha ciência de todas as fases da licitação [...]. Até porque, na função de presidente do conselho administrativo da MMX, era e continua sendo ele quem dá as ordens a serem executadas, as diretrizes a serem seguidas, no que concerne à empresa. Não restam dúvidas [...] que deve responder por suas condutas", afirma o inquérito da PF.
Para os policiais, essa ilação é lógica, já que Flávio Godinho, que aparece em diversas escutas discutindo o andamento das supostas irregularidades, não só ocupa cargos de direção em várias empresas de Eike como também é seu "fiel escudeiro", segundo o inquérito.
"Como poderia o proprietário de um grande grupo econômico, que se auto denomina "uma mistura de talento, obstinação e visão de negócio", permanecer alheio a tudo o que acontecia no momento mais crítico de seu planejamento, qual seja, a concepção dos chamados "sistemas" da MMX?" Segundo o advogado de Eike, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, o inquérito não aponta atos nem circunstâncias que demonstrem o envolvimento do empresário.
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