segunda-feira, 28 de julho de 2008

Dom Azcona volta outra vez. Para dizer que nada mudou.

O bispo do Marajó, dom Luiz Azcona deu entrevista, no último final de semana, à Rádio CBN.
Contou que se viu forçado a mudar vários hábitos depois que veio a Belém fez várias e graves denúncias, que ganharam repercussão nacional e chegaram até o Congresso.
O bispo, segundo disse, evita sair à noite.
E até mesmo a porta da catedral de Breves, que ele costumava abrir às 5h, agora abre pontualmente às 05h55, quando o dia está clareando.
Em abril deste ano, o bispo, em entrevista coletiva em Belém, dom Azcona que classificou o município de Breve como “um antro de perversão” e de “difícil convivência, por causa de crimes e falta de respeito com a mulher e o menor”.
Disse ainda que “todo o Estado está tomado por essa execração que é a exploração sexual de menores.” Revelou que num dos rios da região de Breves e Melgaço meninos e meninas de 12 a 16 anos aproveitam o percurso das balsas para subir nas embarcações e se prostituir em troca de carne ou óleo de cozinha.
Revelou ainda ter ouvido de dois prefeitos o vaticínio de “que, dentro de alguns anos, o narcotráfico iria eleger todos os prefeitos do Marajó”. O Marajó, segundo ele, “está sendo refúgio de pessoas degeneradas”. Dom Azcona resumiu tudo nesta sentença: “Eu acuso as nossas autoridades de conivência por omissão.”
O repórter da CBN Evaldo José, que fez a entrevista, perguntou ao bispo o que mudou desde que fez as denúncias até agora.
A resposta de dom Luiz Azcona: nada, absolutamente nada.

Se mudou, acrescenta o bispo, mudou para pior, porque os políticos da região todos se voltaram contra ele.

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