Da leitora Bia, sobre a postagem Diferença no segundo chama atenção entre duas pesquisas:
O relativo empate técnico entre o anseio por segurança e o acesso à saúde havia chamado minha atenção.
Aqui com minhas saias - não tenho botões...rsrsrs...-, vejo que a segurança passou a ser "prestigiada" pela mídia, a partir do momento em que a classe média foi assediada, assaltada, sequestrada e as balas pedidas pularam dos morros e atingiram a Vieira Souto ou a Av. Ibirapuera. No nosso caso, a Doca.
Porém, lá onde vive o povo, a insegurança não mudou grande coisa. Rouba-se pouco, porque não há muito para roubar. Mata-se pelos mesmos motivos fúteis que se matava por ali há décadas: muita cachaça, discussões sem sentido por futebol ou mulher, crises de machismo de maridos que se sentem - ou são - traídos.
Como cerca de 90% dos crimes computados são contra o patrimônio, a turma do lado de lá passou a assustar os do lado de cá. E a segurança passou a ser o must da temporada nos últimos anos.
Quanto á saúde, o povo do lado de lá continua morrendo sem planos de saúde, nos postos de saúde sucateados, nos pronto-socorros que não têm nenhuma estrutura para receber a demanda.
A sabedoria - ou o sofrimento - popular é que explica o empate. Que, do meu ponto de vista, deve incorporar, pra baixo e pra cima, a margem de erro: segurança 31%, saúde 37%. Risos pra não chorar.
E uma música pra você ouvir: http://www.youtube.com./watch?v=KfTovA3qGCs
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Do Espaço Aberto:
Não deixem de ver o vídeo sugerido pela Bia.
E atentem para os versos finais: “Toda tragédia só me importa / quando bate em minha porta”
É isso.
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