Na coluna “Em Poucas Linhas”, de O LIBERAL:
O deputado Arnaldo Jordy foi assaltado, na Padre Eutíquio, domingo. Procurou a Seccional da Cremação. Lá encontrou o delegado, que o indicou para um investigador, fazendo as unhas.
O policial disse ao deputado que era uma temeridade trabalhar ali. É que as celas guardavam 168 presos e que apenas quatro homens tomavam conta deles. Jordy desistiu da queixa.
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É como vocês vêem: na banalidade em que se transformou a violência em Belém e no Pará, até um deputado é deixado de lado, porque a otoridade policial está fazendo as unhas.
É assim, fazendo as unhas, que a Segurança Pública vai disseminando rapidamente entre todos a sensação de abandono, de desprezo, de desimportância em relação a providências imediatas que deveriam ser adotadas para, pelo menos, reduzir a exposição a criminosos que estão em todo lugar.
E a ninguém mais, senão ao Estado, ao Poder Público, compete proteger os cidadãos. Se o Estado não o faz, estimula-se a lei da selvageria, como as cenas horrorosas que têm se repetido em Belém – como fotos estampadas na primeira página de jornais - de acusados de furto ou roubo acoçados por grupos de pessoas que os espancam e às vezes os matam no meio da rua.
E se fazem o que fizeram com um deputado estadual, imaginem então o que não fazem com um anônimo, desses que chegam à seccional mais próxima, no meio da noite, para fazer o registro de uma ocorrência.
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