Do advogado e procurador de Justiça aposentado Luiz Ismaelino Valente, sobre o post A cara do esquadrão da morte:
Como se não bastassem o enigma desses nomes estrambóticos com que batizam as operações policiais, agora me intriga também a qualificação que dão para alguns presos: "civil comum". Que diabo é isso?
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Doutor Ismaelino, é mesmo intrigante e e até engraçada essa qualificação. Mas o Espaço Aberto tem uma explicação.
É que a polícia, ao passar para a Imprensa a qualificação dos envolvidos, fez questão de qualificar perfeitamente os que eram policiais militares e os que eram policiais civis.
Quanto aos que não integravam essas duas categorias, alguns tiveram a qualificação indicada claramente, como a universitária, por exemplo. Quanto aos demais, foram descritos como “civis comuns”, para mostrar que não eram policiais – nem militares, nem civis. Com um detalhes: a polícia não disse qual a ocupação, qual a profissão deles.
No caso desse Nascimento, seu nome completo é Mauro Augusto Nascimento. A polícia não informou qual a sua ocupação – além da ocupação, é claro, de exterminar pessoas. Disse a polícia apenas que era um “civil comum”. Outros jornalistas falaram em “pessoas civis”, o que é pior ainda.
A questão é: civis comuns ou não, pessoas civis ou não, todos têm muitas contas a prestar à Justiça. Muitíssimas.
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