O prefeito de Belém, Duciomar Gomes da Costa, passou ontem uma hora no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Na foto aí em cima - de Luiz Carlos B. Xavier/Ascom-TRF1 -, o prefeito aparece nos corredores do tribunal, acompanhado de seu advogado.
Duciomar foi lá porque é réu em processo criminal. Foi até lá para ser interrogado. Teve que responder a acusações constantes de denúncia formulada pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região, sediada em Brasília mesmo.
Sobre o prefeito de Belém não recai pouca suspeita. Sobre o gestor se esparramam suspeitas frondosas, mas do que a galhada que as centenárias mangueiras da cidade já tiveram e vão perdendo a cada dia.
A acusação do Ministério Público Federal é a de que a Prefeitura de Belém, gerida por Duciomar, passou a mão em mais de R$ 1 milhão do Sistema Único de Saúde (SUS) e, em vez de utilizar os recursos na implementação de ações e serviços de vigilância epidemiológica e sanitária, adquiriu cerca de 50 veículos para a Guarda Municipal (GBel), em 2006.
A denúncia não nasceu do nada. O procurador que ofereceu a denúncia, Paulo Queiroz, não acordou um dia qualquer, espreguiçou-se, olhou para os horizontes do Planalto Central e balbuciou para si mesmo: “Hoje, como não tenho nada para fazer, vou denunciar um prefeito qualquer. E o prefeito será o de Belém.”
Perícias
O procurador formulou a denúncia com base em fatos que foram devidamente periciados. Fatos e perícias estão nos autos, devidamente instruídos pelo desembargador federal que conduz o processo. Contra os fatos, ninguém briga. Mas ainda que se brigue com fatos, a briga deve ter um mínimo de conteúdo.
Não é o caso da briga que o prefeito de Belém trava com fatos que depõem contra ele.
Leiam aqui a nota sobre o assunto, disponível no site da Prefeitura.
Duciomar foi lá porque é réu em processo criminal. Foi até lá para ser interrogado. Teve que responder a acusações constantes de denúncia formulada pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região, sediada em Brasília mesmo.
Sobre o prefeito de Belém não recai pouca suspeita. Sobre o gestor se esparramam suspeitas frondosas, mas do que a galhada que as centenárias mangueiras da cidade já tiveram e vão perdendo a cada dia.
A acusação do Ministério Público Federal é a de que a Prefeitura de Belém, gerida por Duciomar, passou a mão em mais de R$ 1 milhão do Sistema Único de Saúde (SUS) e, em vez de utilizar os recursos na implementação de ações e serviços de vigilância epidemiológica e sanitária, adquiriu cerca de 50 veículos para a Guarda Municipal (GBel), em 2006.
A denúncia não nasceu do nada. O procurador que ofereceu a denúncia, Paulo Queiroz, não acordou um dia qualquer, espreguiçou-se, olhou para os horizontes do Planalto Central e balbuciou para si mesmo: “Hoje, como não tenho nada para fazer, vou denunciar um prefeito qualquer. E o prefeito será o de Belém.”
Perícias
O procurador formulou a denúncia com base em fatos que foram devidamente periciados. Fatos e perícias estão nos autos, devidamente instruídos pelo desembargador federal que conduz o processo. Contra os fatos, ninguém briga. Mas ainda que se brigue com fatos, a briga deve ter um mínimo de conteúdo.
Não é o caso da briga que o prefeito de Belém trava com fatos que depõem contra ele.
Leiam aqui a nota sobre o assunto, disponível no site da Prefeitura.
- “A Prefeitura Municipal de Belém informa, em relação à denúncia de que supostamente houve desvio de finalidade na utilização de recursos materiais destinados à saúde na compra de carros para a Guarda Municipal, que houve uma auditoria realizada por técnicos do Sistema Único de Saúde (SUS), que vieram a Belém e concluíram em seu relatório que a denúncia era inconsistente. Segundo o parecer final, não foi constatado desvio de finalidade. Neste sentido, desejoso de obter a decisão judicial conclusiva, o prefeito de Belém, Duciomar Costa, solicitou ao desembargador Cândido Ribeiro audiência para que fosse ouvido no processo. Munido do relatório do SUS o prefeito participa, em Brasília, nesta quarta-feira (14 de fevereiro), com o referido desembargador.”
O prefeito tem todo o direito de dizer que não passam de invencionices, que são mentirosos os ilícitos que lhe são imputados. Mas não pode apenas dizer que são mentirosos. Deve convencer a opinião pública de que não têm veracidade alguma. Essa nota é um desrespeito à população de Belém, que paga o salário do prefeito.
Vejam aqui: “Neste sentido, desejoso de obter a decisão judicial conclusiva, o prefeito de Belém, Duciomar Costa, solicitou ao desembargador Cândido Ribeiro audiência para que fosse ouvido no processo.”
Há audiências e audiências. A impressão que se tem é de que a audiência foi solicitada para uma visita de cortesia. Mas não foi. A audiência a que se refere o gestor é um interrogatório. Interrogatório existe em processo criminal. Quem responde a um processo criminal é suspeito de um crime.
Holofotes
É verdade que o prefeito “solicitou a audiência”, como diz, mas pediu para ser interrogado em Brasília porque ficaria, como ficou, um pouco mais distante dos holofotes, o que não aconteceria ser depusesse em Belém, conforme chegou a se cogitar. Não poderá o prefeito, todavia, esquivar-se da negativa repercussão política de tudo isso.
E por que não disponibilizar na internet, para todo mundo ver, a auditoria efetuada por técnicos do Sistema Único de Saúde (SUS), que, segundo a prefeitura, teriam atestado in loco em Belém que a denúncia do MPF é descabida, mentirosa e sem consistência?O prefeito homenagearia a inteligência da população se, diante de uma situação como a que enfrenta, ficasse calado. Seria melhor do que falar. Falar pouco, mas induzir de forma enviesada os desavisados a imaginarem que o podre só existe no reino da Dinamarca.
Vejam aqui: “Neste sentido, desejoso de obter a decisão judicial conclusiva, o prefeito de Belém, Duciomar Costa, solicitou ao desembargador Cândido Ribeiro audiência para que fosse ouvido no processo.”
Há audiências e audiências. A impressão que se tem é de que a audiência foi solicitada para uma visita de cortesia. Mas não foi. A audiência a que se refere o gestor é um interrogatório. Interrogatório existe em processo criminal. Quem responde a um processo criminal é suspeito de um crime.
Holofotes
É verdade que o prefeito “solicitou a audiência”, como diz, mas pediu para ser interrogado em Brasília porque ficaria, como ficou, um pouco mais distante dos holofotes, o que não aconteceria ser depusesse em Belém, conforme chegou a se cogitar. Não poderá o prefeito, todavia, esquivar-se da negativa repercussão política de tudo isso.
E por que não disponibilizar na internet, para todo mundo ver, a auditoria efetuada por técnicos do Sistema Único de Saúde (SUS), que, segundo a prefeitura, teriam atestado in loco em Belém que a denúncia do MPF é descabida, mentirosa e sem consistência?O prefeito homenagearia a inteligência da população se, diante de uma situação como a que enfrenta, ficasse calado. Seria melhor do que falar. Falar pouco, mas induzir de forma enviesada os desavisados a imaginarem que o podre só existe no reino da Dinamarca.
5 comentários:
E essa mesma "figura" está sendo disputadíssima e cortejada pelos principais partidos (PT< PSDB< PMDB) ,numa possivel aliança (que casamento esse...) de olhos no cargo de vice-prefeito.
Eles se merecem.
Farinhas azedas do mesmo saco.
O distinto eleitor, não.
Pois é, Anônimo, tomara que os eleitores não se metam neste saco. Tomara.
Abs.
O PIOR É QUE ESSA FARINHA JÁ ERA AZEDA DESDE QUANDO AINDA ERA MANDIOCA, OU SEJA, ANTES DAS ELEIÇÕES PARA OS FORNOS AOS QUAIS ELA SE CANDIDATOU. E O POVO, COMO SEMPRE AINDA A ENFIOU NO SACO, ISTO É, NELA VOTOU. AGORA TEM QUE COME-LA ATÉ NÃO SEI QUANDO, POIS OS FEIRANTES NÃO PARAM DE A OFERTAR. É MUITA FARINHA PARA O NOSSO HUMILDE VOTINHO!
Cada um que cuide de sua farinhas, Anônimo. Os eleitores, inclusive. E devem ter sempre cuidado para não apostarem em farinhas que azedam logo. Como não têm muito cuidado, por isso é que essa "tchurma" toda está aí, lépida e fagueira, fazendo o que não deve.
Abs. e um bom final de semana. Com boas farinhas (rsssss)
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