sexta-feira, 27 de maio de 2022

Maluco beleza era o Raul. Quanto ao Jair, precisa melhorar a performance, alerta marqueteiro.

Raul Seixas: maluquez e lucidez sob medida. Mas Jair não é assim. Não mesmo.

Bolsonaro é tudo - tudo mesmo.
É o Mito, é o Incorruptível, é o Benfeitor Maior da Humanidade...
Mas ele, sinceramente, não é o Maluco Beleza, aquele conceitualmente definido por Raul Seixas.
O maluco beleza de Raul era aquele que controlava a sua maluquez / misturada com sua lucidez.
Bolsonaro, não.
Sua maluquez é incontrolável e sua lucidez, nenhuma. Ou como diria Renan Calheiros, abissulutamente nehhuma.
Agora mesmo, em novos surtos, Bolsonaro mostra mais do que nunca que vem sendo apenas um maluco sem um pingo, um naco, uma réstia de lucidez. Ataca as instituições, faz ameaças, ofende adversários, exibe teses conspiratórias e se mantém em completa ociosidade, porque as motociatas, lanchaciatas, bicicleciatas e outra atas são muitas, e não deixam tempo para mais nada.
E olhem que seu governo, como atesta a mais nova pesquisa Datafolha, tem uma reprovação de 48%.
Com esse índice, raramente os políticos que aspiram à reeleição, como ele, conseguem reeleger-se.
Marqueteiro experiente diz, num grupo de zap, que a reeleição exige de um governante, pelo menos, 40% de aprovação da gestão. "Menor que isso é uma prova incontestável de que o povo está mais reprovando do que aprovando, o que significa um convite à derrota. Então, como estratégia, o Bozo teria necessariamente de ter cuidado melhor da gestão dele ao longo desses anos, coisa que menos fez. Muito pelo contrário", acrescenta.
Por isso, emenda o marqueteiro, bolsonaristas devem se agarrar ao antipetismo, elegendo-o como estratégia. Mas isso já não está funcionando de forma eficiente agora, como ocorreu no pleito de 2018. 
O especialista acredia que "o novo marketeiro do Lula encontrou o lugar e o discurso certo do Alckmin na campanha, falando e chamando pra dentro o eleitor do centro. E a inflação em alta mexe no bolso e no humor do eleitor, principalmente os mais pobres que pagam a conta nas feiras e tabernas das esquinas. Tudo isso tem deixado os eleitores do Bolsonaro abalados e com pouca possibilidade de reação".

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