terça-feira, 17 de maio de 2022

Juiz diz na polícia que teria brigado com juíza que depois foi encontrada morta no estacionamento de condomínio em Belém. Relato aponta contradições.

O juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Jr. relatou na polícia, há pouco, que teria discutido verbalmente com a mulher, a também juíza Mônica Andrade Figueiredo de Oliveira. A magistrada, que era paraibana, mas exercia a jurisdição no município de Martins, no Rio Grande do Norte, foi encontrada morta com um tiro, na manhã desta terça-feira (17), dentro de um carro que seria de seu marido, João Augusto. O veículo estava no estacionamento do condomínio Rio Miño, onde ele reside. A magistrada vinha regularmente a Belém para se encontrar com o marido.

Ao contrário do que seria recomendável em situações do gênero, o magistrado, em vez de chamar a polícia, entrou no carro e dirigiu-o, com o corpo dentro, até a Divisão de Homicídios da Polícia Civil, no bairro de São Brás, onde fez a comunicação da ocorrência, presumindo-se que Mônica teria se suicidado.

Em seu site, o jornal Tribuna do Norte, de Natal (RN), informa que João Augusto, ao registrar a ocorrência na polícia, disse que o casal teve uma briga na noite anterior, por volta das 22h30 e, devido à discussão, Mônica teria ido embora, afirmando que viajaria de volta ao Rio Grande do Norte. Na manhã desta terça-feira, ainda segundo o relato do juiz, ele teria descido para trabalhar às 6h40 e levado a chave reserva, já que não havia encontrado a outra chave do veículo. Ao chegar ao carro, percebeu que a mulher estava morta.

Essa versão, no entanto, está sendo contraditada em pontos essenciais. O portal de O LIBERAL informou há pouco que a administração do condomínio Rio Miño nega que a juíza tenha morrido no local. O condomínio disse ainda que o juiz não mora no local há cinco anos e que também não há registro da entrada dele recentemente. A juíza não era conhecida por nenhum dos funcionários do condomínio.

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