quarta-feira, 17 de março de 2021

Médico defende paralisação do futebol em todo o País. Olhem o exemplo do Remo.

Miguel Nicolelis no Redação Sportv: é preciso parar o futebol em todo o Paí. Já.

Miguel Nicolelis, médico e neurocientista, acaba de dar uma ótima - e oportuna - entrevista ao Redação Sportv, o principal programa da manhã do canal de esportes fechado da Globo.

Ele foi categórico: é preciso parar as competições esportivas - de futebol, sobretudo e principalmente - em São Paulo e em todo o País.

Em apenas um mês, agora em março, poderão ocorrer no Brasil mais mortes do que as registradas em em toda a Guerra do Paraguai, que durou seis anos no Século XIX, disse o médico, referindo-se a um relatório emitido nesta terça-feria (16), pela Fiocruz, alertando que o País já vive o maior colapso sanitário e hospitalar em sua história.

Ele chamou atenção de que essa lenga-lenga da CBF, sobre a suposta segurança decorrente dos testes em atletas e demais envolvidos em competições nacionais, como a Copa do Brasil, não passa disto: de uma lenga-lenga.

E por que é uma lenga-lenga?

Porque os testes, explicou Nicolelis, deixam uma margem de 30% de falsos negativos. Ou seja, a cada 100 pessoas que testam negativo, 30 realmente estão com Covid. E podem infectar outras pessoas, não se esqueçam disso.

O risco maior, ressaltou o médico, está nas competições que obrigam os clubes a se locomover em longas distâncias. Temos um exemplo bem aqui, às nossas portas.

Nesta quarta-feira (17), o Remo vai a Bento Gonçalves (RS), para enfrentar o Esportivo pela Copa do Brasil.

A viagem é de aproximadamente 3.800 quilômetros (vejam ao lado). Vinícius, goleiro do Remo, não acompanha a delegação porque já contraiu Covid em Belém. Mas alguém sabe, com segurança, se outros membros da delegação que testaram negativo estão realmente sem Covid?

Essa é a grande questão.

O problema é que estamos lidando com a CBF, não é?

O problema é que estamos lidando com federações de futebol.

Essas entidades parecem orbitar em outros planetas.

O Parazão, por exemplo, só está parado por causa do lockdown que vige na Região Metropolitana desde a segunda-feira (15). Não fosse isso, a competição continuaria.

E tudo isso, meus caros, com 2.800 pessoas tendo morrido em apenas um dia.

É uma tragédia.

Mas, tragicamente e infelizmente, continuamos de olhos fechados para a tragédia.

Que horror!

Um comentário:

Miramar Pereira Castilho disse...

Tem que parar com futebol sim. Urgente.Essas agremiações esportivas e a cbf tão nem aí pra nada. Para tudo caramba e pronto.