Celso Sabino: "discriminação pessoal" é alegada em ação para se desligar do PSDB |
Na ação, protocolada no TSE sob o número 0600164-72.2021.6.00.0000, Sabino alega "variadas formas de discriminação pessoal" como justificativa para deixar o ninho tucano. No dia último dia 12 de março, o ministro Tarcisio Vieira, relator, indeferiu a concessão de medida liminar solicitada pelo deputado, mandou retirar o caráter de sigiloso do processo e determinou que o PSDB seja citado na ação.
Sabino disse ao blog que tem grandes amigos no PSDB, "um respeito enorme por importantes lideranças que ajudaram a melhorar muito o nosso país e uma grande aproximação com muitos expoentes tucanos". Mesmo assim, ressalta que ficaram evidentes, nos últimos meses, divergências entre ele e alguns dirigentes do partido que tornaram inviável sua permanência no PSDB.
O deputado lembra que foi eleito líder do partido em 2019 e impedido de exercer a liderança porque o governador de São Paulo, João Doria, fez articulações que resultaram na troca de quatro deputados paulistas. Posteriormente, acrescenta Sabino, sua escolha no ano passado como líder da maioria, com o apoio de mais de 257 deputados, teve como consequência o que ele classifica de "constrangimento público", configurado na abertura de um processo para expulsá-lo da legenda.
Pesquisa - Não parou por aí. O deputado sustenta que, conforme aferição do Instituto Paraná Pesquisas em vários bairros de Belém, ele estava em segundo lugar entre os pré-candidatos a disputar as eleições para prefeito, em 2020. Mesmo assim, Sabino reclama que não lhe foi dada a oportunidade de representar o partido no pleito e nem de participar do processo de indicação de candidatos para receber o apoio da legenda, através do fundo eleitoral, diferentemente de todos os outros deputados.
"E agora, por último, devido à minha amizade com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e meu apoio a ele, contra a orientação do partido, que preferiu o candidato do Rodrigo Maia, fui mais uma vez constrangido", diz Sabino.
Por todos esses fatos, que configuram a alegada "discriminação pessoal" mencionada na ação que já começou a tramitar na Justiça Eleitoral, o deputado afirma que não lhe restou outra opção "senão buscar a tutela jurisdicional, junto ao TSE, com a competente ação declaratória de justa causa, a fim de garantir minha saída do partido sem a perda do mandato eletivo".
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