terça-feira, 2 de março de 2021

Decreto muda o bandeiramento para vermelho, impõe toque de recolher das 22h às 5h e determina restrições em vários setores da economia em todo o Pará

Helder Barbalho durante a coletiva: endurecimento de restrições para fazer frente
à escalada de contaminação pela Covid-19 em todos os estados do País, inclusive o Pará

Prefeitos de municípios da Região Metropolitana de Belém também participaram da coletiva

Decreto do governo estadual, que começará a vigorar a partir desta quarta-feira (03), determina uma série de restrições em Belém e nos demais 143 municípios paraenses, inclusive o toque de recolher durante o período da noite e redução no horário do funcionamento de estabelecimentos comerciais em vários segmentos. Inicialmente, o decreto valerá por sete dias, mas poderá ser prorrogado dependendo de análises atualizadas da situação epidemiológica nas várias regiões do estado.
Em entrevista coletiva, o governador Helder Barbalho (MDB) anunciou há pouco que o bandeiramento em todo o território paraense vai passar para vermelho. Em todos os municípios, ninguém poderá circular nas ruas no período das 22h às 5h da madrugada. 
Ficarão proibidas aglomerações, reuniões, manifestações e carreatas em locais públicos, com a presença de mais de dez pessoas. Práticas esportivas também ficarão restritas até duas pessoas. Eventos privados serão limitados a dez pessoas, com apresentação musical de até dois artistas.
Restaurantes, lanchontes e estalecimentos afins só poderão funcionar com até 50% de sua capacidade até 18h. Bebidas alcoólicas só poderão ser vendidas até 18h, inclusive em lojas de conveniências e supermercados.
Tristeza - "São medidas que temos tristeza de adotar. Não é fácil adotar medidas que impeçam um cidadão ou uma cidadã de continuar sua atividade normal. Mas temos neste momento a obrigação e a responsabilidade de evitar que assistamos ao caos na saúde pública do Pará", ponderou Helder.
Em Belém, o prefeito Edmilson Rodrigues descreveu a situação como "desesperadora", se considerada a velocidade com que a disponibilidade de leitos clínicos e de UTIs está sendo reduzida nos últimos dias, em decorrência da escalada da doença.
O governador informou que, nesta terça-feira (02), o estado do Pará registrou uma taxa de ocupação de 81,91% dos leitos de UTI e 62,23% dos leitos clínicos para atendimento de pacientes com Covid-19. Sespa e secretarias municipais, acrescentou Helder, estão investindo para ampliar o número de leitos em todas as regiões do estado, para que se possa garantir o direito da população ao atendimento.
A entrevista coletiva teve a participação dos prefeitos de Belém, Edmilson Rodrigues; de Ananindeua, Dr. Daniel; de Marituba, Patrícia Mendes; de Santa Bárbara, Marcão; e de Benevides, Luziane Solon, além de secretários estaduais e presidentes de entidades.
A presença de Helder em Brasília, onde visitou a União Química (fabricante da Sputnik V, provavelmente a vacina que será adquirida por um consórcio de estados), e seu posterior regresso a Belém acabou adiando por várias vezes a coletiva, inicialmente marcada para as 17h, depois para as 19h30 e em seguida para as 21h. Mas só foi começar, de fato, às 21h55.

3 comentários:

Carlos disse...

Medidas necessárias e seus reflexos - exceto na economia - que sejam beneficas à saúde da população. Façamos nossa parte, vamos nos proteger.

Anônimo disse...

Amanhã alguns dos bares, restaurantes, casas norturnas e similares estarão disseminando fake news nas redes sociais, para desmoralizar a decisão do Governador, a bem dos interesses lucrativos.
De forma acertada o Governador implantou pequenas medidas drásticas, que afetarão a economia, mas necessárias por saber que ninguém da vida noturna, principalmente os empresários, estão respeitando.
Como resultado dessa falta de respeito, é o colapso nos hospitais.
Dirão os bolsominios: "têm gente interessada nesse lockdown" - sim, os donos de funerárias.

Pedro do Fusca disse...

O Rei falou, tem que cumprir, inclusive ele!