segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Candidato vai à Justiça contra anulação de eleição

Segue quente – quentíssimo – o clima depois da anulação do pleito que escolheria o representante dos funcionários do Banpará para o Conselho de Administração.
Como o blog informou no sábado, a eleição não chegou nem a terminar.
A comissão eleitoral a suspendeu, sob alegação de que resultados da votação estavam sendo divulgados antes da votação terminar, contrariando normas do edital e normas emanadas do Tribunal Superior Eleitoral.
O candidato Carlos Antonio, 26 anos de Banpará, disputava com Érica Fabíola, diretora do Sindicato dos Bancários apoiada pela DS (Democracia Socialista) – a tendência do PT a que pertence a governadora Ana Júlia Carepa – e com apenas seis anos de banco.
Ontem, Carlos Antônio e a AFBEPA informaram que estão “tomando as medidas legais para que a verdade se restabeleça com a força necessária e ampare a frágil democracia sindical que foi brutalmente violentada com o ato de anulação praticado na última sexta-feira, dia 22, 10 minutos antes de se encerrar o processo eleitoral.”
Abaixo, uma carta assinada por Carlos Antônio e Kátia Furtado, presidenta da Associação de Funcionários do Banpará (AFBEPA), que será remetida à Imprensa, centrais sindicais, parlamentares e bancários em geral.

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ANULADA LEGÍTIMA ELEIÇÃO NO BANPARÁ

Na última e maior da greve da história recente da categoria, os bancários conquistaram o direito de eleger seu representante no Conselho de Administração do Banpará. Iniciado o processo eleitoral, havia dois candidatos em disputa: a candidata diretora do Sindicato dos Bancários, com 6 anos de banco; e o candidato gerente geral da Ag. Bragança, Carlos Antônio, com 26 anos de Banpará. No período regulamentar de campanha, o que se viu foi um enorme favoritismo de Carlos Antônio. Os bancários abraçaram sua candidatura e fizeram uma bela, alegre e contagiante campanha.
A eleição aconteceu entre os dias 18 e 22 de janeiro, sem nenhuma ocorrência que maculasse a integridade do processo eleitoral. Os bancários votaram na intranet do banco com login e senha, e o próprio sistema não permitia duplo voto. Ou seja, o processo eleitoral, rápido e seguro, esteve sob total controle do banco e da Comissão Eleitoral, indicada pelo Sindicato dos Bancários.
Horas antes do término da votação, a candidata diretora do Sindicato avisou a vários bancários que iria impugnar a eleição, alegando vazamento de parciais que indicavam que Carlos Antônio seria vitorioso. Faltando apenas 10 minutos para o término das eleições a Comissão Eleitoral publicou, no site do Sindicato dos Bancários, a anulação do processo eleitoral alegando que houve obtenção e divulgação de parciais sobre os votos antes de encerrada a votação.

PERGUNTAS QUE NÃO CALAM
Quem obteve e quem divulgou parciais sobre os votos? Houve denúncia com provas ou tudo foi boataria? Se houve, quando e como a denúncia foi registrada? Se houve, a denúncia foi devidamente apurada? Quem investigou? Por que a Comissão Eleitoral não divulgou o resultado das eleições? Porque decidiu punir os bancários, anulando o processo eleitoral, ao invés de apurar com clareza e transparência?
A atitude correta seria publicar o resultado, conforme prevê o edital da Eleição em seu Capítulo VII – Da Apuração ítem 2: ”A Comissão Eleitoral publicará o resultado imediatamente após seu conhecimento no site do Sindicato e comunicará ao Banpará.” Somente após este ato as partes envolvidas poderiam se manifestar quanto ao resultado, conforme previsto no mesmo edital em seu Capítulo VIII – Do Recurso ítem1: “Qualquer candidato devidamente inscrito poderá interpor recurso à Comissão Eleitoral sobre o processo eleitoral, no prazo de 01(um) dia útil do fato a que se referir”. A comissão eleitoral, indicada pelo Sindicato dos Bancários, agiu com a necessária imparcialidade e transparência em respeito à categoria?

ABUSO DE PODER É RETROCESSO LEVYANO
Houve um claro e abusivo ataque à nossa liberdade de escolha. Não podemos aceitar que a atual direção do Sindicato dos Bancários reproduza as mesmas práticas do ex-presidente do Sindicato Carlos Levy, que manipulava para vencer e não respeitava as legítimas decisões da categoria bancária.
Incansavelmente temos lutado pelo fortalecimento e respeito às nossas liberdades e pelo respeito e afirmação das decisões democráticas que vêm das urnas. Os bancários já provaram mais de uma vez que com INDEPENDÊNCIA e ÉTICA podem vencer de forma limpa e honesta. E assim será, mais uma vez e quantas vezes mais forem necessárias, em nome da DIGNIDADE e dos direitos legítimos dos trabalhadores.

Belém, Pará, 25 de janeiro de 2010

CARLOS ANTÔNIO
Gerente Geral da Ag Bragança
26 anos de Banpará
Candidato a Representante dos Funcionários no Conselho de Administração

KÁTIA FURTADO
Presidenta da Associação de Funcionários do Banpará – AFBEPA
20 anos de Banpará

2 comentários:

Anônimo disse...

TOMA-TE DS!!! Eles merecem PB... eles entraram na política do PHod-s contra os bancários do Banpará... Maior cara de pau... Se acham tão poderosos que aviltam a vontade legítima dos bancários assim, sem o menor constrangimento.
SÃO ENCOSTOS DE LEVY!!!

Anônimo disse...

Putzzzzz então é essa a democracia socialista???!!!

Corajosa essa moça da AFBEPA hein?? Isso parece uma luta de Davi contra Golias... e por algo tão fundamental como respeito à democracia...

E a tal artban, caladinha???!!! Claro, estão juntos na próxima chapa pro sindicato e em outras coisinhas mais né???!!! Tipo campanha do Puty... eita democracia boa essa deles hein??? E como cuidam das pessoas... putzzzzz...