Vejam que maravilha.
Vejam que coisa de Primeiro Mundo.
Em Outeiro e Mosqueiro, todo mundo respeitando o
protocolo.
Todo mundo se divertindo no domingão,
respeitando matematicamente o espaço regulamentar.
Todo mundo evitando ajuntamentos.
Somos, realmente, o povo mais disciplinado do mundo, gente.
Pra você aí, que acreditava em novo normal, está
aí o novo normal no Pará, num momento em que a pandemia do coronavírus ainda
está matando. E como está. Apenas aqui no estado, já morreram mais de 5,2 mil pessoas.
Essas cenas, absolutamente aterradoras,
aconteceram num final de semana em que o Pará registrou, o último sábado (11),
a penúltima posição no ranking nacional de isolamento social. De acordo com a
Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), apenas 39,68% da população do
estado cumpriu a recomendação de ficar em casa para conter o avanço da
Covid-19.
De acordo com o mesmo levantamento, as cidades
que tiveram o melhor índice de isolamento foram Esperança do Piriá (62,5%),
Magalhães Barata (59,4%) e Palestina do Pará (56,3%). Já as cidades com maior
registro de desobediência à recomendação de ficar em casa foram Soure (29,1%),
Jacundá (31,2%) e Salinópolis (31,5%).
Como vocês constatam, Salinópolis, um dos mais
procurados balneários do litoral Atlântico do estado, teve o maior registro de
inobservância.
Em compensação, Esperança do Piriá teve o melhor
índice.
2 comentários:
Tudo normal e todos na sua anormalidade.
Afinal, Belém, Região Metropolitana e seus moradores - em sua grande maioria - são assim, de nada ligar para os acontecimentos ao seu redor, senão para o que lhe interessa nos seus arredores egoísta.
O trânsito também continua piorando, pois os(as) brutamontes estão a solta, desorganizando o que se tenta organizar e passando (literalmente) por das regras, autoridades e todos.
O comércio, as feiras, os supermercados, as ruas, já não possuem espaço nem pra Covid, onde as pessoas se aglomeram e não respeitam o espaço regulamentar nessa pandemia.
Vivemos o óbvio, o normal do belenense e o sonhado mundo do boso.
"A desordem tornou-se a regra no país -- desordem política, desordem administrativa, desordem econômica-financeira, desordem moral." (Enéas Pinheiro, Um Grande Projeto Nacional - PRONA 1998).
E com o representante que temos no poder, usando e abusando da máquina para ampliar a desordem, essa tendência aterrorizante tende a aumentar pelo Brasil a fora.
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