segunda-feira, 13 de julho de 2020

O horror está nas praias. Mas Esperança é a nossa esperança de que ainda há bom senso em meio à tragédia.


Vejam que maravilha.

Vejam que coisa de Primeiro Mundo.

Em Outeiro e Mosqueiro, todo mundo respeitando o protocolo.

Todo mundo se divertindo no domingão, respeitando matematicamente o espaço regulamentar.

Todo mundo evitando ajuntamentos.

Somos, realmente, o povo mais disciplinado do mundo, gente.

Pra você aí, que acreditava em novo normal, está aí o novo normal no Pará, num momento em que a pandemia do coronavírus ainda está matando. E como está. Apenas aqui no estado, já morreram mais de 5,2 mil pessoas.

Essas cenas, absolutamente aterradoras, aconteceram num final de semana em que o Pará registrou, o último sábado (11), a penúltima posição no ranking nacional de isolamento social. De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), apenas 39,68% da população do estado cumpriu a recomendação de ficar em casa para conter o avanço da Covid-19.

De acordo com o mesmo levantamento, as cidades que tiveram o melhor índice de isolamento foram Esperança do Piriá (62,5%), Magalhães Barata (59,4%) e Palestina do Pará (56,3%). Já as cidades com maior registro de desobediência à recomendação de ficar em casa foram Soure (29,1%), Jacundá (31,2%) e Salinópolis (31,5%).

Como vocês constatam, Salinópolis, um dos mais procurados balneários do litoral Atlântico do estado, teve o maior registro de inobservância.

Em compensação, Esperança do Piriá teve o melhor índice.

Esperança é a nossa esperança de que ainda há bom senso diante dessa tragédia que está debaixo dos nossos olhos e que muita gente se recusa a ver.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tudo normal e todos na sua anormalidade.

Afinal, Belém, Região Metropolitana e seus moradores - em sua grande maioria - são assim, de nada ligar para os acontecimentos ao seu redor, senão para o que lhe interessa nos seus arredores egoísta.

O trânsito também continua piorando, pois os(as) brutamontes estão a solta, desorganizando o que se tenta organizar e passando (literalmente) por das regras, autoridades e todos.

O comércio, as feiras, os supermercados, as ruas, já não possuem espaço nem pra Covid, onde as pessoas se aglomeram e não respeitam o espaço regulamentar nessa pandemia.

Vivemos o óbvio, o normal do belenense e o sonhado mundo do boso.

Anônimo disse...

"A desordem tornou-se a regra no país -- desordem política, desordem administrativa, desordem econômica-financeira, desordem moral." (Enéas Pinheiro, Um Grande Projeto Nacional - PRONA 1998).

E com o representante que temos no poder, usando e abusando da máquina para ampliar a desordem, essa tendência aterrorizante tende a aumentar pelo Brasil a fora.