Márcio Miranda em campanha, nas eleições de 2018, quando obteve 315.631 votos no segundo turno em Belém. Agora, ele é uma opção do DEM para novembro. |
Por que ele pode ser?
Porque, muito embora embora fontes ouvidas pelo Espaço Aberto indiquem a forte possibilidade de que Miranda entrará na disputa, a concretização do que ainda é apenas hipótese depende de uma providência preliminar.
Para ser candidato às eleições de novembro, para prefeito da Capital, o ex-deputado precisará, primeiramente, transferir seu domicílio eleitoral de Castanhal para Belém. E isso ainda não ocorreu, pelo menos até o presente momento, segundo apurou o blog.
Oficialmente, a direção estadual do partido não confirma e nem desmente. Questionado neste domingo (5) se Márcio Miranda será candidato, o presidente do DEM, deputado federal Hélio Leite, disse laconicamente que "até o momento não tratamos sobre [esse assunto]". Mas não fez comentários à pergunta subsequente, sobre se a questão será tema de conversas em breve no partido.
Votação expressiva - A participação de Márcio Miranda nas eleições de novembro tingiria de novos tons, de novas perspectivas e possibilidades a disputa para prefeito de Belém, considerando-se dois aspectos primordiais: o fato de ele já ser um nome conhecido na Capital e pela votação obtida no segundo turno eleitoral de 2018, quando perdeu para Helder Barbalho.
Naquela ocasião, Márcio Miranda chegou ao final das apurações para governador com 1,663 milhão de votos, enquanto Helder, o vencedor, obteve 2,068 milhões. Em Belém, no entanto, ele recebeu 315.631 votos, o que não é pouco, tratando-se de candidato que tem seu reduto eleitoral mais forte na região nordeste do Pará.
A votação obtida em Belém por Márcio Miranda é expressiva mesmo quando se compara o confronto final em 2016, entre Zenaldo Coutinho e Edmilson Rodrigues. No segundo turno, o tucano recebeu 396.770 votos votos, contra 361.376 do candidato do PSOL. Ou seja, Edmilson teve apenas 45.745 votos a mais que os alcançados por Miranda em 2018, na disputa com Helder.
As eleições deste ano ocorrem num outro contexto, em relação à de 2018? É evidente que sim. Até porque aquele pleito foi para governador, enquanto o deste ano será municipal. O contexto, portanto, é outro. Os temas em debate serão outros. A forças em disputa também serão completamente diversas das que se enfrentaram em 2018 e em 2016.
Mas não se deve desprezar o fato de que os 315.631 votos que Márcio Miranda obteve em Belém constituem-se legado, digamos assim, apreciável num cenário em que, até agora, certo, mas certo mesmo, temos apenas um candidato competitivo à vista: o deputado Edmilson Rodrigues, que terá como companheira de chapa a petista Ivanise Gasparim.
Quanto aos demais candidatos, precisamos acompanhar para onde e para onde caminham as carruagens. Inclusive a de Úrsula Vidal, que deveria ter se desincompatibilizado no dia 4 de junho, mas não o fez, e a de Márcio Miranda.
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