quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Onze entidades apoiam embargo à exportação de boi em pé


Onze entidades que representam comunidades mais afetadas pelo naufrágio do navio Haidar, que resultou na morte de quase 5 mil cabeças de gado no porto de Vila do Conde, em Barcarena, em outubro passado, divulgaram carta aberta em que manifestam integral apoio ao embargo do embarque de boi em pé, decretado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade.
"O embargo de gado vivo decretado pelo Dr. Luiz Fernandes é medida legítima, adequada e de quem defende o Pará, até que quem queira lucrar tenha a decência de investir na segurança e nas salvaguardas que evitem outras desgraças dessa atividade", dizem as entidades na carta que foi remetida ao Espaço Aberto.
Leiam abaixo, na íntegra:

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Carta Aberta de Apoio à SEMAS/PA

As 11(ONZE) entidades da sociedade civil que representam as comunidades mais afetadas pela tragédia do Navio Haidar, abaixo identificadas, por seus presidentes signatários, assistidas pelo seu advogado Ismael Moraes, encaminham esta Carta Aberta para conhecimento público, apoiando e reconhecendo o sério trabalho desenvolvido pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Dr. Luiz Fernandes Rocha, o Secretário Adjunto, Dr. Tales Belo, e demais técnicos que têm se dedicado a enfrentar os problemas causados pelo desastre ambiental consequente do naufrágio do Navio Haidar no porto da CDP, em Vila do Conde.
As medidas exigidas pelas autoridades ambientais do Estado são claramente para proteger a saúde, o meio ambiente, e os interesses da sociedade paraense.
As empresas exportadoras de gado vivo até hoje não investiram nem um centavo no Estado do Pará para a melhoria desse comércio e demonstram, com isso, que apenas visam o lucro sem qualquer consideração com as consequências socioambientais, sem compromissos de responsabilidade social, e com a mesma mentalidade de todos aqueles aventureiros que veem o Pará apenas como uma oportunidade de enriquecer, sem se importar com o nosso Estado como o lar dos paraenses.
O embargo de gado vivo decretado pelo Dr. Luiz Fernandes é medida legítima, adequada e de quem defende o Pará, até que quem queira lucrar tenha a decência de investir na segurança e nas salvaguardas que evitem outras desgraças dessa atividade.

Barcarena, 24 de novembro de 2015.

Associação Mista dos Moradores do Assentamento Jesus de Nazaré
Comissão da Associação dos Moradores da Fazendinha
Centro Comunitário de Vila do Conde
Associação Amigos do Bairro Industrial
Associação dos Trabalhadores Rurais do Curuperé   
Associação dos Moradores do Maricá      
Associação dos Moradores de D. Manoel
Cooperativa de Pescadores do Furo do Arrozal (COOPAFAB)
Associação dos Moradores do Bairro de Canaã
Associação dos Barraqueiros e Comerciantes da Praia de Vila do Conde
FETRAF Baixo Tocantins

Um comentário:

Unknown disse...

Essa ideia só será interessante se forem dadas alternativas aos produtores exportadores. Criando-se um complexo para abate e exportação da carne já separada, processada, embalada à vácuo etc.
O que não se pode é, simplesmente, proibir a exportação do boi em pé.
Nosso estado já é pobre, se não formos dificultar ainda mais uma das poucas atividades que funcionam, estamos ferrados.

Bernardino Greco