terça-feira, 10 de novembro de 2015

Liberação da venda de bebida nos estádios é golpe na hipocrisia


Vamos devagar nessa história de politicamente correto, né?
Ser politicamente correto, quase sempre, é hipocrisia.
E quando o politicamente correto passa dos limites do tolerável, a hipocrisia se torna nojenta - se é que alguma hipocrisia não é repulsiva.
Dito isso, combinemos: deixemos de ser hipócritas quando defendemos que é contra o amor, a paz, a harmonia e os bons costumes a liberação de bebidas nos estádios.
Dito isso, combinemos mais ainda: deixemos de ser hipócritas quando defendemos que liberar a venda de bebidas alcoólicas nos estádios conspira contra os esforços - edificante e honrosos - de impedir a violência nos estádios.
Hehehe. Contem outra.
Sabem de uma coisa? Vamos logo combinar também: para não se dizer que o pessoal aqui está pugnando em causa própria, quando não vê nada demais em terem a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal liberado a venda de bebidas alcoólicas nos estádios do Pará e de Belém, para não se alegar isso, portanto, diga-se que os torcedores aqui na redação do Espaço Aberto não costumam consumir um pingo de bebida sequer, nem dentro dos estádios, nem fora deles.
Nem um pingo sequer - repita-se.
Sabem por que, então, é hipocrisia essa alegação politicamente correta de que vender bebida nos estádios conspira contra as boas práticas e os bons costumes?
Porque sempre se vendeu bebida nos estádios - não dentro deles, obviamente, mas no seu entorno.
Aliás, no Mangueirão, sempre, sempre e sempre, mesmo com a proibição de venda de bebidas, a galera enche a cara naquele estacionamento interno, antes de dirigir-se às arquibancada e cadeiras.
Com um detalhes, aliás: o consumo de álcool sempre foi muito maior do lado de fora do Mangueirão do que se as bebidas fossem vendidas dentro do estádio.
Isso porque, como é obrigada a passar 90 minutos a seco, a galera então procura entornar trilhões de litros de bebida antes do jogo começar. Com isso, todo mundo entra no estádio com combustível suficiente para 180 minutos, ora bolas.
Imaginemos, além disso, uma outra situação.
Imaginemos que a proibição para a venda de bebidas alcoólicas fosse rigorosamente proibida num raio, digamos, de dois ou três quilômetros no entorno de um estádio como o Mangueirão.
Perfeito.
Então, nesse caso, seria bem possível a um torcedor entornar 450 litros de cerveja num boteco no bairro do Marco, por exemplo, e logo depois ir curtir a embriaguez no estádio.
Qual a lógica, portanto, dessa proibição?
E tem mais: vocês estão lembrados da Copa do Mundo no Brasil?
Pois olhem a foto acima e lembrem-se.
Lembram-se como, excepcionalmente, extraordinariamente, liberaram a venda de bebidas alcoólicas em todos as ditas arenas do Mundial, um verdadeiro brinde aos bilionários interesses comerciais da Fifa, uma das entidades mais corruptos, mais imundas, mais sujas, mais nojentas do mundo?
Olhem, meus caros: a aprovação, pela Assembleia Legislativa e pela Câmara Municipal de Belém, de projetos que liberam a venda de bebidas alcoólicas nos estádios é um golpe na hipocrisia.
E não esqueçam: ser politicamente correto, quase sempre, é hipocrisia.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bebida é droga, embora legal. Agora se é para proibir, tem que fiscalizar.

Anônimo disse...

Será que nossos impoluto políticos fizeram is cálculos? Vamos lá : quanto de ICMS e outros impostos o estado arrecada com a venda de cachaça nos estádios? Esses valores pagam os custos policiais para conter os biriteiros?q Qual a vantagem? Quem ganha : o pivô ou o vendedor de cerveja?

Anônimo disse...

la dentro vende 7,00 uma de cerveja eu compro tudo de ruir que acontce nao a bebida e sim um bando de ladróes que se diz torcedores