segunda-feira, 29 de julho de 2013

E se Beatriz Segall for à Praça Batista Campos?





Então é assim.
Vocês conhecem essa senhora aí de cima?
De cara (com o perdão do trocadilho infame), talvez não.
Mas a senhora aí de cima é uma dama.
É uma das damas do teatro brasileiro.
Ela é Beatriz Segall.
Pois é.
Essas fotos aí correram o mundo virtual, na semana passada.
A atriz, idosa, ficou assim depois de pegar uma queda numa das calçadas da Gávea, no Rio.
A foto lá do alto, uma montagem disponível no site Brasil 274, mostra Beatriz Segall, as pedras portuguesas removidas de uma calçada do Rio (não se sabe se a mesma onde a atriz caiu) e Eduardo Paes, sua excelência o prefeito da cidade.
Depois que o Brasil inteiro soube do acidente com a atriz e das críticas dela à gestão de Paes, o doutor ligou-lhe pedindo desculpas.
E para tantos que, como Beatriz Segall, já caíram, não vai ter ligação?
Não vai ter nenhum pedido de desculpas?
Agora, deem uma olhada nas duas fotos abaixo.



Viram?
Pois é.
Remetidas por um leitor, as duas fotos acima foram publicadas aqui no blog em novembro do ano passado, na postagem intitulada Praça Batista Campos emplaca 129 buracos. Contados.
Ali se dizia isto mesmo: que a praça tinha 129 buracos, que estava em petição de miséria e que o risco de acidentes para as milhares de pessoas que caminham pela praça são altíssimos, até porque muitos caminhantes são idosos.
E aí?
E aí que vocês, agora, vejam as fotos seguintes, desta vez feitas pelo poster, ontem, domingo, por volta das 12h.








Viram?
É a mesma Praça Batista Campos.
Aquela mesma, dos 129 buracos de novembro, deve ter uns 50 a mais.
E dos grandes.
As pedras portuguesas, iguais às da calçada onde Beatriz Segall se estatelou no chão, vão ficando só como lembranças.
E nos espaços que sobram, a calçada vai afundando, com risco pra todo mundo, inclusive e sobretudo para os idosos.
E se alguém cair por lá e quebrar a cara, como aconteceu com Beatriz Segall?
Se tal acontecer, e for uma celebridade, provavelmente o doutor Zenaldo vai fazer como o doutor Eduardo Paes: vai ligar pedindo desculpas.
Mas não é melhor logo consertar a praça, para evitar isso?
Não é melhor?

5 comentários:

Anônimo disse...

Ná época do Duciomar a Batista Campos estava melhor cuidada. Isso é impressionante.

Francisco Sidou disse...

Não dá para entender, com a devida venia, essa opção preferencial pelas pedras portuguesas pelos prefeitos de nove entre cada dez cidades brasileiras. Precisamos investigar quem vende essas pedras aos gestores públicos. Talvez esteja aí o caminho das pedras portuguesas, com certeza... Só para especular: seria alguma das empresas do sistema X ? Dewcobrir quem é o fornecedor das pedras portuguesas para as prefeituras municipais - eis o X da questão. Porque não dá para aceitar essa cara e desastrada opção para as calçadas das cidades, quando já existem no mercado materiais reciclados de grande durabilidade e qualidade para pisos de passeios públicos, a custos menores, inclusive. Basta pesquisar no Google, senhor prefeito Zenaldo. Bote seus Assessores Especiais para fazer esse trabalho investigativo. É uma maneira de ocupá-los mais produtivamente do que nos "serviços de inteligência" de sua gestão, onde alguns deles tem se revelado um desastre anunciado.

Anônimo disse...

De quem é a frase: "Quatrocentos antes e quatrocentos depois"?

Anônimo disse...

hahaha, apareceu uma viúva do Dudu...afeeeeee, gosto pra tudo!
Masssssss, gosto não se discute; lamenta-se.

Anônimo disse...

Não é que seja viúva do DUDU, anônimo das 15:22, é pura e simplesmente uma constatação. Só não vê quem é cego ou porque tem uma burado maior e ôco no cérebro.