segunda-feira, 15 de julho de 2013

Fenaj propõe protocolo de condições de trabalho e segurança

Representantes da FENAJ reivindicaram junto à Associação Brasileira de Emissoras de Radio e Televisão (Abert) e à Associação Nacional dos Jornalistas (ANJ), nesta terça-feira (9/09) a criação de um Protocolo Nacional de Condições de Trabalho e Segurança para os Jornalistas. A necessidade de tal medida ficou evidenciada nas recentes manifestações ocorridas em várias estados, onde, segundo levantamento da FENAJ, mais de 60 profissionais foram agredidos. A entidade também solicitou audiência com o ministro da Justiça.

O levantamento que está em elaboração pela FENAJ já registra 67 casos de agressões contra jornalistas no exercício de suas funções. Destes, 61 casos ocorreram na cobertura das manifestações realizadas em junho e início de julho. Foram identificadas, também, agressões a dois profissionais durante os protestos dos caminhoneiros e quatro na cobertura do "Caso Telexfree", no Acre. Foram levantados, ainda, 13 casos de veículos de órgãos de imprensa danificados (queimados, com vidros quebrados ou lataria amassada) durante a cobertura de manifestações.

José Carlos Torves e o advogado Claudismar Zupirolli representaram a FENAJ nas reuniões com dirigentes da Abert e da ANJ. "Apresentamos para as duas entidades nossa proposta de Protocolo Nacional e também os convidamos para participarem da audiência que solicitamos com o ministro da Justiça", conta Torves. As duas entidades empresariais comprometeram-se a se posicionar brevemente.

O protocolo proposto pela representação dos jornalistas é pautado em 4 eixos: contratação de jornalistas diplomados, piso salarial nacional, direitos autorais e segurança nas coberturas de risco. Tais propostas foram aprovadas no 35º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizado no ano passado em Rio Branco (AC).

"As recentes agressões a jornalistas, tanto por manifestantes quanto pela polícia, dão um caráter de urgência ao protocolo específico de segurança", avalia José Carlos Torves. "Das empresas queremos equipamentos, treinamento adequado para a cobertura de risco e comissões de redação para avaliar pautas e medidas de segurança", explica o dirigente. "Do governo queremos apuração de responsabilidades, ações que assegurem a liberdade de imprensa e apoio a projetos como o de federalização dos crimes contra jornalistas e o de criação de um Observatório para monitoramento de casos e proposição de medidas de proteção aos profissionais", completa.

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