quarta-feira, 24 de julho de 2013

As mil cidades do Brasil onde ninguém é assassinado

Na relação da Exame, as cidades paraenses que não registraram nenhum homicídio em três anos
O dado a seguir pode surpreender a muita gente: existem mais de mil cidades no Brasil onde ninguém é assassinado. Ninguém. Melhor dizendo: em 20% dos municípios do país, não houve o registro de um homicídio sequer por três anos consecutivos, de 2009 a 2011, época dos mais atualizados registros nacionais. As informações são do Mapa da Violência 2013 - Homicídios e Juventude no Brasil, lançado este mês.
Já não será considerado surpreendente, porém, o fato de que a imensa maioria dessas cidades – 949 delas – têm menos de 10 mil habitantes. São, portanto, diminutas, o que não tira o fato de que são dignas de elogios, já que estão imersas em um dos países mais violentos do mundo (confira as 300 cidades mais perigosas).
No total, cerca de 52.198 pessoas foram assassinadas em 2011 no Brasil. O número não tem paralelos nas nações mais populosas do planeta e ultrapassa a quantidade de mortos em 12 conflitos sangrentos somados, incluindo Iraque e Afeganistão.
A única cidade com mais de 30 mil habitantes presente na lista das mais seguras é a baiana Luís Eduardo Magalhães. Com 63 mil moradores, ela foi bem sucedida enquanto locais menos populosos na Bahia tiveram mais de 40 assassinatos em apenas um ano.
O Mapa da Violência, elaborado pelo professor Julio Jacobo Waiselfiz, considera os números registrados no Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, que ainda não tem dados atualizados de 2012.
É bom lembrar que a ausência de assassinatos não quer dizer que os 5,9 milhões de moradores dessas mais de mil cidades (apenas 3% da população nacional) vivam em completa paz. No segunda município mais populoso da lista, Barrinhas (SP), roubos a bancos são recorrentes, por exemplo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Leia, nesse mesmo estudo, o Gráfico 4.1.3. Ordenamento das Taxas de Homicídio (por 100mil) na
População Total das Capitais. Brasil.
2011.
Fonte: SIM/SVS/MS