Pacaembu e Mangueirão. Tudo a ver.

Então, é assim.
Vocês aí - e os daqui mesmo, da redação - que tanto deploram a violência e a insegurança a que são expostos torcedores nos jogos em Belém, sobretudo em dias de clássico no Mangueirão, precisavam ver, ao vivo e em cores, certas cenas assustadoras no arredores do Pacaembu, antes da partida de quarta-feira última, em que o Santos se sagrou tricampeão da Libertadores.
O poster - que, como já foi dito aqui no blog - passa esta semana em São Paulo, esteve por lá.
E viu ao vivo e em cores coisas assustadoras, nunca dantes vistas, mesmo em São Paulo, em jogos desse nível.
Uma das cenas mais deploráveis - e perigosas, e arriscadas, e quase criminosas - foi ver dezenas de torcedores estourando fogos de artifício em meio a ajuntamentos enormes de pessoas.
Os foguetes eram estourados a um metro - senão menos - de crianças que passavam ao lado, levadas pelas mãos por seu pais ou responsáveis.
Foi um milagre divino que nenhum daqueles fogos estourou na cara de algum torcedor que passava ali por perto.
E eram milhares de pessoas que se concentravam no entorno do estádio.
E foram milhares os torcedores que compraram ingressos, mas não assistiram ao jogo, porque não havia mais lugar em qualquer setor no estádio, inclusive no tobogã, aquela parte do Pacaembu atrás do gol oposto ao portão de entrada.
Perguntarão vocês, com a máxima razão, com a máxima pertinência: e a puliça?
Falem sério...!
Puliças havia às pampas.
Mas sabe-se lá o que eles faziam.
Porque deviam deter e levar dali todos os torcedores que estavam colocando a vida de centenas de pessoas em risco.
Mas não se viu nenhuma ação repressiva dessa natureza.
Tudo igual ao Mangueirão, em Belém.
Muito igual.