A cada hora, a cada dia, as coisas se encaminham no PMDB para que se aguarde a decisão do Supremo sobre a Lei da Ficha Limpa, antes de o partido se decidir sobre o apoio a Simão Jatene ou Ana Júlia no segundo turno.
Jader, dizem todos os peeemedebistas com quem o blog tem conversado, será o último a dar a última palavra.
E o presidente do PMDB, no momento com sua candidatura sub judice, vai sopesar atentamente duas situações.
A primeira: o Supremo mantém a Lei da Ficha Limpa válida para as eleições deste ano e, portanto, decreta definitivamente a inelegibilidade de Jader, que no momento já está considerado inelegível pelo TSE. Nesse caso, o deputado, já na condição de sem mandato, perderia cacife político no plano nacional e voltaria seus olhos mais para as questões locais, onde poderá se sustentar politicamente. Nesse caso, ou apoiaria Jatene ou liberaria seus comandados.
A segunda: o Supremo diz que a Ficha Limpa não pode valer para este ano e, em consequência, confirma a candidatura de Jader e, mais do que isso, ratifica a condição dele de eleito senador, como o segundo mais votado, depois de Flexa Ribeiro (PSDB). Nesse caso, Jader tenderia a apoiar Ana Júlia, porque seus interesses no plano federal - como é o caso de indicados para ocupar cargos em poderosas estatais – prevaleceriam sobre os do plano estadual.
As fichas estão lançadas.
6 comentários:
Creio que o PMDB segue rachadíssimo neste segundo turno. No primeiro turno já vimos isso. Nesta eleição no Pará, nem os prefeitos do PMDB seguiram a orientação do partido em apoiar Juvenil. Não seguir orientação peemedebista quer dizer não seguir o que diz Jader.
Não consigo vislumbrar, por exemplo, nenhum dos deputados eleitos pelo partido, empenhados na campanha da Ana Júlia.
Agora é fato que Lula deve chamar Jader para, digamos, uma conversa longa. Aí podes incluir até o desfecho no STF. Enfim.....
Enquanto Jader diz que canta a música de Roberto Carlos Eu quero ter um milhão de amigos, o eleitor paraense cantarola a música tema da personagem Norminha:
Você não vale nada
Mas eu gosto de você
Tudo o que eu queria
Era saber por que?
Ou seja, tudo é possível nessa tua análise.
Caro PB,
No primeiro turno foram 452.650 votos a favor de Jatene em relação a Ana Júlia.
A soma de votos de todos os demais candidatos é de 528.947, correspondente a cerca de 15,1% do total de votos válidos.
Assim, considerando que os candidatos mantenham seus votos do 1º turno, a disputa pelos votos dos demais candidatos definirá a eleição.
Para Jatene, a situação é mais cômoda, pois precisaria de apenas 1,1% dos 15,1% em disputa. De outro modo, Jatene precisaria para ganhar a eleição de apenas exatos 7,3% dos votos que Juvenil, Fernando e Cléber receberam.
Se a abstenção aumentar no segundo turno, em mais 2%, por exemplo, como sempre vem ocorrendo, a transferência de votos tem que ser ainda menor para que Jatene vença: somente 6,4% dos votos de Juvenil, Fernando e Cléber.
Do contrário, para que Ana vença é imprescindível que, no mínimo, 92,8% dos votos de Juvenil, Fernando e Cléber sejam transferidos para sua candidatura.
No caso de aumentar a abstenção em mais 2% - em 2006 aumentou mais 2,54% - , Ana Júlia necessitaria de um esforço adicional para receber a transferência de votos de Juvenil, Cléber e Fernando: cerca de 93,7%.
PAID'ÉGUA.
Há ainda, penso eu, uma terceira possibilidade: Jader declara apoio oficial a Ana Júlia, mas libera as bases para votar em Jatene, dando o troco do que os petistas fizeram com Elcione Barbalho no passado, e, de quebra, ficando bem com as duas coligações concorrentes.
Ele tem que pensar também numa vitória do Serra!
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