quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Os cenários que esperam o PMDB no segundo turno

A cada hora, a cada dia, as coisas se encaminham no PMDB para que se aguarde a decisão do Supremo sobre a Lei da Ficha Limpa, antes de o partido se decidir sobre o apoio a Simão Jatene ou Ana Júlia no segundo turno.
Jader, dizem todos os peeemedebistas com quem o blog tem conversado, será o último a dar a última palavra.
E o presidente do PMDB, no momento com sua candidatura sub judice, vai sopesar atentamente duas situações.
A primeira: o Supremo mantém a Lei da Ficha Limpa válida para as eleições deste ano e, portanto, decreta definitivamente a inelegibilidade de Jader, que no momento já está considerado inelegível pelo TSE. Nesse caso, o deputado, já na condição de sem mandato, perderia cacife político no plano nacional e voltaria seus olhos mais para as questões locais, onde poderá se sustentar politicamente. Nesse caso, ou apoiaria Jatene ou liberaria seus comandados.
A segunda: o Supremo diz que a Ficha Limpa não pode valer para este ano e, em consequência, confirma a candidatura de Jader e, mais do que isso, ratifica a condição dele de eleito senador, como o segundo mais votado, depois de Flexa Ribeiro (PSDB). Nesse caso, Jader tenderia a apoiar Ana Júlia, porque seus interesses no plano federal - como é o caso de indicados para ocupar cargos em poderosas estatais – prevaleceriam sobre os do plano estadual.
As fichas estão lançadas.

6 comentários:

Euzinha disse...

Creio que o PMDB segue rachadíssimo neste segundo turno. No primeiro turno já vimos isso. Nesta eleição no Pará, nem os prefeitos do PMDB seguiram a orientação do partido em apoiar Juvenil. Não seguir orientação peemedebista quer dizer não seguir o que diz Jader.
Não consigo vislumbrar, por exemplo, nenhum dos deputados eleitos pelo partido, empenhados na campanha da Ana Júlia.
Agora é fato que Lula deve chamar Jader para, digamos, uma conversa longa. Aí podes incluir até o desfecho no STF. Enfim.....

Aurélio disse...

Enquanto Jader diz que canta a música de Roberto Carlos Eu quero ter um milhão de amigos, o eleitor paraense cantarola a música tema da personagem Norminha:
Você não vale nada
Mas eu gosto de você
Tudo o que eu queria
Era saber por que?

Anônimo disse...

Ou seja, tudo é possível nessa tua análise.

Anônimo disse...

Caro PB,

No primeiro turno foram 452.650 votos a favor de Jatene em relação a Ana Júlia.

A soma de votos de todos os demais candidatos é de 528.947, correspondente a cerca de 15,1% do total de votos válidos.

Assim, considerando que os candidatos mantenham seus votos do 1º turno, a disputa pelos votos dos demais candidatos definirá a eleição.

Para Jatene, a situação é mais cômoda, pois precisaria de apenas 1,1% dos 15,1% em disputa. De outro modo, Jatene precisaria para ganhar a eleição de apenas exatos 7,3% dos votos que Juvenil, Fernando e Cléber receberam.

Se a abstenção aumentar no segundo turno, em mais 2%, por exemplo, como sempre vem ocorrendo, a transferência de votos tem que ser ainda menor para que Jatene vença: somente 6,4% dos votos de Juvenil, Fernando e Cléber.

Do contrário, para que Ana vença é imprescindível que, no mínimo, 92,8% dos votos de Juvenil, Fernando e Cléber sejam transferidos para sua candidatura.

No caso de aumentar a abstenção em mais 2% - em 2006 aumentou mais 2,54% - , Ana Júlia necessitaria de um esforço adicional para receber a transferência de votos de Juvenil, Cléber e Fernando: cerca de 93,7%.

PAID'ÉGUA.

Anônimo disse...

Há ainda, penso eu, uma terceira possibilidade: Jader declara apoio oficial a Ana Júlia, mas libera as bases para votar em Jatene, dando o troco do que os petistas fizeram com Elcione Barbalho no passado, e, de quebra, ficando bem com as duas coligações concorrentes.

Roberto disse...

Ele tem que pensar também numa vitória do Serra!