terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mirem-se no exemplo do São João. O de Araras.

Olhem só.
Aqui no blog já se defendeu, trocentas vezes, a profissionalização das gestões dos clubes do Pará, sobretudo Remo e Paysandu.
Leitores, igualmente, já mandaram trocentos comentários defendendo a mesma coisa.
Aqui no Pará, já foram feitos até eventos para mostrar a viabilidade de transformar um clube em empresa.
E aí, o que tem acontecido?
Nada.
Ou, no caso do Remo, tem acontecido tudo: até marretada já aplicaram. E até leilões estão na iminência de acontecer.
Por que o Remo não se profissionaliza?
Por que não abandonar esse amadorismo daninho?
Por que não se transforma num clube-empresa?
Porque não quer.
Simplesmente porque não quer.
Simplesmente porque se aferra a um amadorismo que, certamente, deve trazer ganhos a poucos. Se fosse por estímulo, o Remo já teria embarcado nessa canoa segura, sem furos, a canoa da profissionalização.
Querem ver?
Leitor aqui do blog chama atenção para a experiência – das mais bem-sucedidas – do União São João de Araras, o primeiro clube-empresa do Brasil.
É uma experiência tão interessante.
É tão exitosa, tão bem-sucedida que virou até case, relatado em livro publicado pela respeitável Fundação Getúlio Vargas.
Tempos atrás, o leitor, esse mesmo que confessou bem-impressionado com a experiência do São João de Araras, fez a doação de um livro desses para um então conselheiro do Remo, que o entregou para outro conselheiro, um advogado especializado em shoppings centers.
O resultado?
Zero.
A verdade é que os cartolas, sem dúvida, preferem que tudo continue como está.
No modelo de governança atual, o clube perde, mas alguns - atletas, empresários, cartolas e advogados - ganham.
E ganham muito.
Isso é de, digamos, sabença (toma-te!) geral, é de conhecimento geral.
Olhem aqui o que diz o início do texto que resume a história do União São João Esporte Clube.

O União São João Esporte Clube – um dos clubes mais jovens do futebol brasileiro possui uma sólida e moderna estrutura para abrigar seus atletas profissionais e amadores. Com sede em Araras, município de São Paulo, o clube foi fundado em 14 de janeiro de 1981 e conta com um Centro de Treinamento instalado numa área de 41.000 m², dotado de três gramados, anexos ao seu Estádio de futebol, o Hermínio Ometto, que abriga 16.500 torcedores acomodados confortavelmente.

Querem sabe mais?
Cliquem aqui.
Leiam e vejam como profissionalizar a gestão de um clube não é coisa do outro mundo.
Não é um trabalho para Hércules.
Basta que se tenha vontade.
Mas cartolas de Remo e Paysandu terão essa vontade?

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