Olhem só.
Antes de se apresentar o motivo pelo qual não se deve acreditar em Luiz Omar, convém admitir que ele tem razões de estar chateado – chateadíssimo – com a derrocada de seu time diante do Salgueiro, no último domingo.
Mas uma coisa é estar frustrado, outra coisa é dizer certas coisas que não fazem sentido e não merecerem crédito.
Luiz Omar disse, por exemplo, segundo declarações estampadas em O LIBERAL: “Eu disse a eles (jogadores) que esse elenco só visava dinheiro. Toda conversa era dinheiro. A foto deles terá uma tarja preta no meio. Foi a maior vergonha que nosso clube já passou”.
É?
Foi isso mesmo?
Jogadores eram mercenários? Só pensavam em dinheiro? Não estavam comprometidos com a, digamos, “alma” do clube?
É isso?
Então, pronto.
Se é isso, o maior culpado pela derrocada do Paysandu não são os jogadores, mas o presidente do Paysandu, Sua Senhoria Luiz Omar Pinheiro.
Ele mesmo.
Ele mesmo, que não os afastou a tempo.
Que não os mandou para o olho da rua bem antes do jogo de domingo.
Que não os despediu e disse a todos os torcedores por que a decisão de despedi-los.
Que tolerou conviver com, segundo ele mesmo, mercenários.
Por que coleguinhas não perguntam isso ao presidente do Paysandu, hein?
Por que não lhe perguntam a razão de ter mantido no clube os mercenários, desde que os descobriu atuando no Paysandu?
Luiz Omar gosta de falar.
E sempre fala o que quer.
Mas é preciso que o estimulem a falar o que não gostaria de falar.
Coleguinhas, ação!
Enfim, a declaração do cartola bicolor tem o mesmo efeito de uma bola murcha.
Sinceramente que tem.
3 comentários:
"A maior vergonha que o clube já passou" foi essa tua declaração, Luiz Omar Pinheiro!!!
Depois, prezado PB, todos trabalham, via de regra, por duas razões básicas: amor pelo que faz e necessidade de prover o próprio sustento (e dos seus familiares), o que só fez mediante o recebimento de um salário (dinheiro) se for empregado. Querer que jogador jogue somente pelo amor à camisa é utopia.
O que Luiz Omar Pinheiro faz com tal declaração é jogar para a arquibancada, transferindo para os jogadores toda a responsabilidade pela fatídica derrota.
Bola tão ou ainda mais murcha são os que "cobrem" o dia a dia de nossos clubes para a imprensa.
Quando não são puxa sacos da diretoria, são baba-ovos, salvo as excessões.
E os dirigentes, indigentemente amadores, os levam para onde bem quiserem.
Ambos, dirigentes e "cobridores" confundem (pode reparar) time com clube.
As instituições "Clube" e seu maior patrimônio, as torcidas, tem sido esquecidas, menosprezadas e enganadas.
Formam timecos de pernas de pau mesclados com ex-atletas em atividades e eternas "revelações e promessas" dos sub alguma coisa.
E enganam, como enganam.
E como são artificialmente inflados pela imprensa!
No final, as tragédias conhecidas e repetidas.
E os clubes diminuidos.
Lamentavelmente.
Em acréscimo ao que disse o Anônimo das 13:57 - não existe jornalismo esportivo investigativo no Pará.
No plano nacional, temos o jornalista José Cruz, mas não há nada parecido por aqui.
Alguém divulga - e analisa - o balanço financeiro dos clubes e da FPF, a destinação dos patrocínios recebidos, investimentos feitos e o seu retorno efetivo, aplicação efetiva do Estatuto do Torcedor entre nós, a autonomia do Judiciário Desportivo paraense, etc.!?
Não, é evidente que não.
E quem mais perde com isso é o torcedor paraense.
A imprensa poderia fazer mais, muito mais, pelo bem do futebol paraense, acompanhando as ações dos clubes e da FPF e, quando fosse o caso, denunciando as irregularidades descobertas. Mas não o faz; por que será?
Postar um comentário