sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Novas eleições seriam uma “jaca podre”

Do leitor Eduardo Bueres, sobre a postagem PMDB vai exigir novas eleições para o Senado:

O PMDB e o próprio Jader (menos Parsifal, que no fundo se fortalece com o golpe sofrido pelo cacique) tem todo o direito de “espernear” diante a decisão do STF.
Fato é que a Democracia - regime considerado como o mais perfeito dentre os imperfeitos - ofereceu ao povo a possibilidade de votar em quatro nomes para preencher as duas vagas disponíveis,ou seja: 100% de “reservas” ou “extras” para cada vaga; numero perfeito que contempla os eleitores que podem se expressar nas urnas com a necessária representatividade, garantida, constitucionalmente, por esse mecanismo de previsibilidade numérica, onde vale a substituição de candidatos, por “zilhões” de motivos: morte,renuncia, doença (lembremos o Tancredo) ou, como agora, com a implantação sumária da civilizatória lei da Ficha Limpa.
A Justiça Eleitoral do Pará tende a não convocar novas eleições por ser uma “jaca podre”; por ter um custo elevado em nível de recursos financeiros, humanos e até por ser socialmente injusto com os outros nacionais que concorreram ao cargo, na forma da lei, de igual para igual e que não foram degolados em razão da cor das suas fichas.
O resto é “xôrôrô” de perdedor, certamente para não sair de todo esse muy dolorosssso processo sem as mãos, depois de ter perdido os anéis....
O contrário disso não seria, nas próximas eleições, a exigência de voto em apenas dois nomes?...

3 comentários:

Anônimo disse...

Boa noite.Concordo plenamente com a análise do leitor já que, a manifestação de voto daqueles que fizeram suas apostas nos candidatos (que já estavam sendo pautados pela justiça pela Lei da ficha Limpa) antecipadamente,sabiam que corriam o tal risco de se depararem, a qualquer tempo,após a apuração das urnas,com os seus candidatos possivelmente eleitos mas, na condição de caçados.Neste caso,não poderia haver nenhum tipo de alegação por parte desses votantes como por exemplo: que, desconheciam a existência dos processos já que, este fator, era peça de campanha fartamente veiculada pelos meios de comunicação.Ninguém precisa ter mais que um conhecimento elementar,basta que seja mesmo mínimo,para saber que as decisões de tribunais livres, em qualquer democracia,podem ser somente duas no final de todo julgamento: a favor ou contra.

Anônimo disse...

Olá,Paulo.O lamentável do episódio(além da perda de tempo das pessoas) não esta no fato do eleitor mais humilde ter sido iludido e, como conseqüência, ter tido o seu voto desconsiderado e engavetado:triste foi ter sido levado ao erro pela reação soberba dos políticos envolvidos que concorriam conscientes da pendencia jurídica da qual respondiam na condição de réus.Todo esse tempo eles eram sabedores que dependiam, vitalmente, da decisão de julgamento de recurso extraordinário por um colegiado sofisticado.Suas posições foram arrogantes,uma vez que passaram á desmentir,veementemente (antes,durante e depois da campanha) quaisquer possibilidades de virem a ser caçados,dardejando contra a retroatividade e assertividade lei que os enquadrava,enquanto arrotavam suas próprias e magnas interpretações, zombando da aplicação imediata da nova lei,entre outras, levando seus eleitores a arriscarem as suas crenças mais em suas propagandas,fundamentadas em crenças de épocas ultrapassadas, - irresponsáveis - e menos na possibilidade real de virem a sofrer uma sentença contrária, por não estarem acima das lei, nem do juízo, de quem os julgavam.

Obrigado

Katya Penner

Anônimo disse...

Aos comentaristas: os políticos não foram caçados, foram cassados.