quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Os jovens e as pesquisas eleitorais
A juventude brasileira não vota em José Serra. Ela vota em Dilma e o discurso ambientalista de Marina Silva, que na mitologia de alguns analistas de oposição empolgaria os jovens a votar na candidata do Partido Verde em detrimento de todo avanço promovido pelo presidente Lula, não consegue atrair o interesse de mais do que 10% deles, seja em levantamentos da Vox Populi, Ibope, Sensus ou Datafolha.
Ou seja: a juventude brasileira vota em quem lhe abriu as oportunidades de realizar seus sonhos, através do ProJovem, ProUni, ampliação da rede de ensino técnico e superior, aumento de verbas do ensino básico e, principalmente, a conquista de 80% das 14 milhões de vagas com carteira assinada que o Brasil produziu em 8 anos. Hoje, os jovens se preocupam em como se inserir nessa onda de possibilidades que fazem suas utopias estarem bem próximas.
A geração que não se lembra dos anos de FHC, ao conhecer a política nacional de juventude, fundada pelo presidente Lula, rejeitou as promessas pouco palpáveis de Serra, até porque a prática dele é contraditória: quer vincular o Bolsa-Família ao trabalho juvenil precoce e não à conclusão do ensino médio, como é atualmente; cortou recursos do Ação Jovem em SP e recusou verbas do MEC para ampliar a rede de escolas técnicas em 2009.
A geração que lembra do período neoliberal não quer nem ouvir falar da hipótese de voltar uma Era em que escolas técnicas eram proibidas de serem construídas se não dependentes da iniciativa privada, do enorme desemprego de inserção, do corte de postos de trabalho que tinha como alvo preferencial os “inexperientes”, os altos juros e necessidade de fiador do Fies, o estado de sucateamento de universidades onde só entravam os “melhores” estudantes de escolas pagas de alta qualidade (e mensalidades), etc.
Essa constatação não se baseia em nenhuma subjetividade ou torcida, mas nos números. Nos últimos cinco meses, houve uma brusca inversão na preferência dos jovens. Em março, 27% dos eleitores entre 16 e 24 anos, afirmavam votar em Dilma e 45% no candidato do PSDB. Na mais recente (Sensus), de agosto, que trás esse nível de detalhamento, Serra está com 28%. Logo, entre 26 de março e 24 de agosto, Dilma subiu 25 pontos e Serra caiu 17 pontos. De agosto de 2009 até hoje ela triplicou sua intenção de voto entre os jovens.
Dilma já está com vantagem de 24 pontos em relação a José Serra (PSDB) nesta faixa etária. Segundo a da Globo/DataFolha, divulgada em 26/8, a petista aparece com 52%, enquanto Serra está com 28%.
Em outra pesquisa de 24/08, da CNT/Sensus, na faixa etária dos 16 aos 17 anos, Dilma (55,6%) aparecia com mais de 35 pontos à frente de Serra (20,2%). Já entre eleitores entre 18 a 24 anos, a vantagem de Dilma (50,3) era de mais de 22 pontos para o candidato (27,5%). Já entre os 18 a 24 anos, Dilma cresceu de 18,4% para 50,3%.
Por faixa etária, no Datafolha de 20/08, em crescimento de Dilma e queda de Serra, os jovens só tinham resultado menor do que os de 45 a 59 anos.
Desde 06/08, a juventude que tirou o primeiro título e vai votar pela primeira vez, que tem entre 16 e 17 anos, segundo a CNT/Sensus, 50,5% quer eleger Dilma.
O ciclo de boas notícias fecha com as respostas sobre quem os jovens, segundo o Ibope, desde o início de agosto, acham que será o novo presidente do Brasil: entre 16 a 24, 44% acham que será Dilma e 36% Serra. E nos 25 a 29 anos, 45% acreditam em Dilma e 29% no PSDBista. Essa mesma pesquisa revelou que, entre 16 a 24 anos, 82% dos jovens estão satisfeitos com a vida que levam hoje, sendo que 12% estão muito satisfeitos, maior índice entre as faixas etárias. Já entre 24 a 29 anos, 84% estão satisfeitos.
Então, a juventude tem na "conta" um grande peso político social na virada e para a vitória de Dilma ainda no primeiro turno, ela é a verdadeira candidata da juventude brasileira, onde esta deposita todo seu otimismo e esperança. Fruto do que plantamos.
E Dilma corresponderá com grande prioridade - como ela já anuncia - em políticas públicas, direitos e oportunidades, porque sabe que os jovens são o elo entre o Brasil atrasado e o Brasil Potência dos sonhos dela.
-----------------------------------------
LEOPOLDO VIEIRA é coordenador de juventude da campanha de Dilma no Pará e autor de Juventude: Novas Bandeiras
Artigo disponível no Blog do Zé Dirceu
Assinar:
Postar comentários (Atom)
9 comentários:
Preciso. Esse menino é 10, mostrou por A mais B que Dilma e não Marina é a candidata dos jovens!
Corajoso e bem articulado esse guri vai longe. O resto é inveja e despeito
É, Leopoldo, as penitenciárias, cadeias públicas e delegacias de polícia de todo país estão repletas de jovens a quem o governo federal ofertou enormes oportunidades de trabalho e tratamento de saúde digno para que deixem as drogas.
É, sem dúvida, mais uma prova de que o atual governo trata bem - e como! - a juventude brasileira!!!
Concordo com o jovem Leopoldo em alguns pontos do que ele diz. A questão fundamental de todo esse pensamento é que nada disso será possível sem o mais amplo direito à liberdade de expressão. O povo tem o direito de ser informado porque só assim, com uma imprensa livre, ele poderá formar seu juízo de valor sobre os eventuais governantes, sejam eles de esquerda, centro, ou direita.
Mário Batista
Esse cara, que de guri não tem nada, se auto-elogia.
Ei, jovem, cadê a análise da Ana Júlia, esqueceste? por que fazes análise nacional e esqueces a estadual? por que será, hein?
as penitenciárias, cadeias públicas e delegacias de polícia de todo país estão repletas de jovens por causa dos anos de desgovernos neoliberais.
O Lula fez muitas coisas e a Dilma vai fazer muito mais.
Acho engraçado como um anônimo (00:46) vem à meia-noite levantar teorias da conspiração.
Uma coisa é certa: o jovem incomoda os acomodados e é bem articulado. Vamos esperar pra ver a trajetória dele.
Este Leopoldo não é aquele que lançou livro com prefácio do Jósé Dirceu? Me tirem o tubo!
Postar um comentário