“A governadora Ana Júlia desempenha um papel vergonhoso ao se somar ao grande latifúndio e atacar publicamente o MST”, diz em nota divulgada nesta sexta-feira (13) o Diretório Estadual do PSOL no Pará.
O partido considera que “os governos federal e estadual, em vez de tratarem a questão da reforma agrária como um problema social, tentam resolver a questão como caso de polícia”.
A seguir, a íntegra da nota do PSOL.
-------------------------------------------
NOTA DE REPÚDIO À PRISÃO DE LÍDERES DO MST
O PSOL-PA vem a público manifestar seu repúdio ao recrudescimento da violência perpetrada pelo governo do estado e pelo Judiciário contra os trabalhadores sem terra, representados pelo MST. Três integrantes do movimento estão presos, sete outros já estão com mandado expedido, totalizando dez mandados de prisão.
Os governos federal e estadual, em vez de tratar a questão da reforma agrária como um problema social, tentam resolver a questão como caso de polícia. Criminalizam o movimento e alardeiam aos quatro ventos a difamatória versão de que o MST seria uma quadrilha de criminosos e baderneiros. “Esquece” de divulgar os números da violência contra os trabalhadores rurais. Só em 2008, segundo dados da CPT, 42 mil famílias estiveram envolvidas em conflitos agrários. Destas 2 mil foram expulsas de suas terras, 2 mil tiveram suas casas destruídas e outras mil viram suas roças serem destruídas pelo jagunços pagos pelo grande latifúndio. Dos 28 trabalhadores assassinados em 2008, 80% estão na região norte do país. O Pará, mais uma vez, é o campeão nacional de mortes no campo e de trabalho escravo. Estes números, infelizmente, não são divulgados pelo governo.
A justificativa para a decretação da prisão preventiva dos líderes do MST é de que a liberdade deles estimula a impunidade. Triste o papel desempenhado pelo judiciário brasileiro. Impunidade é não haver ninguém preso depois que 19 trabalhadores foram assassinados pela Polícia Militar em 1996 na curva do “S”, em Eldorado dos Carajás. Impunidade é ver um sonegador, grileiro e corruptor como Daniel Dantas estar em liberdade mesmo depois de condenado. Impunidade é constatar que a justiça usa dois pesos e duas medidas ao prender lutadores do povo e absolver os representantes do grande capital.
A governadora Ana Júlia desempenha um papel vergonhoso ao se somar ao grande latifúndio e atacar publicamente o MST. Antes, quando sindicalista, participou ativamente da luta pela reforma agrária. Hoje, investida do cargo de chefe do executivo estadual, serve de algoz daqueles que lutam pelo direito de ter uma terra para plantar. Isso foi visto anteriormente, com a malfadada “Operação Paz no Campo”, no Sul do Pará, com reintegrações de posse por meio da utilização de torturas e prisões de dezenas de trabalhadores. Sem falar que segue a impunidade em relação às milícias que assassinam lideranças camponesas.
O PSOL paraense está ao lado dos trabalhadores sem terra em sua luta pela reforma agrária. Denuncia a campanha de criminalização dos movimentos sociais, principalmente do MST, e exige a imediata libertação dos presos, bem como a revogação imediata dos mandados já expedidos.
- CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
- FIM DAS MILÍCIAS E DA PISTOLAGEM NAS FAZENDAS
- TODO APOIO AO MST E À LUTA PELA REFORMA AGRÁRIA
- LIBERDADE DOS PRESOS DO MST E REVOGAÇÃO DOS MANDADOS EXPEDIDOS
Belém, 13 de novembro de 2009
Executiva Estadual do PSOL-PA
6 comentários:
CONTRA O PSOL, QUE PARECIA UMA BOA DISSIDÊNCIA DO PT, MAS QUE ANGARIA VOTOS ARGUMENTANDO DEFENDER QUEM, NA VERDADE, É QUE ATACA.
O proprio MST comete crimes contra as leis em vigor no pais, como não prender quem comete crimes?. Não é o governo que o está criminalizando,e muito menos a sociedade, é o proprio MST fechando estradas, andando armados de facões e pedações de pau, cobrando pedágio nas estradas e ainda com apoio riduculos desta carta do PSOL. Estamos no seculo 21e não mais na idade média.
Deixar o MST continuar fazendo invasões e depredações é que não está certo. Esses bandoleiros - não tem personalidade jurídica - tem que ser detidos. Nem um cidadão, partido ou qualquer agremiação que defenda a democracia pode compactuar com atos de vandalismo, depredação, serciamento da liberdade e qualquer outro ato fora da Lei. Acho que não estamos em processo revolucionário. Estamos num Estado de Direito.
INTERVENÇÃO NO ESTADO BRASILEIRO JÁ !!!
Pelo Fim do Estado Feudal
Então Mano, por não estarmos mais na época do feudalismo,como podemos constatar é que não aceitamos mais tamanha desigualdade. Milhões de familias vivendo a mendigar um pedaço de chão para poder dar um pouco de dignidade,paz e sossego para os seus dependentes. enquanto isso uma meia duzia de familias que se acham o Máximo, que chacotam junto com os pustulas que os servem como lacaios e bobos da corte,que ficam a séculos comendo as migalhas para fazer o serviço sujo de oprimir a grande maioria da população nacional.
Tu sabes me responder por que existem essas "categorias" de criminosos pelo País afora. Vou te falar presta atenção. Tudo começa pela má formação educacional, pois o Estado é um péssimo administrador nessa área. Todos os Governos desse país até aqui,não priorizaram a educação. Algo que por exemplo o Japão fez, Os paises da europa Fazem a séculos, após o povo ter banido esse sistema de relação FEUDAL,que nosso Estado continua mantendo.
Eu defendo Uma intervenção no Estado Brasileiro. Uma intervenção que acabe com esse sistema de relação opressora, que faça com que O Povo que é quem Paga a conta do Estado Brasileiro, Seja respeitado.Que se faça uma Intervenção nas três Esferas de poder dessa Nação. Que Mumifiquem e lacrem em um Museu da Vergonha Nacional,Os verdadeiros Responsáveis por Isso Tudo.
Defendo que esse País passe por uma renovação de Fato. Que o povo Seja mais respeitado,Que o Povo Brasileiro de o Exemplo e faça uma Intervenção Renovadora e acabe com esse Avilte ao Estado de Direito do Cidadão brasileiro.
(AMPLITUDE SOCIALISTA MARABÁ )
Enquanto estado de direito, nada do que o ultimo anônimo escreveu vale. E se ele quer dizer que querem ferir o estado de direito, que paguem pelas consequências. A outra alternativa e tomarem o poder, como estão achando que está certo...mas ai.
Não é o último anônimo que prega a desobediência civil. É o PSOL.
Postar um comentário