quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Os patrocínios foram mesmo por amor ao cinema?

De um Anônimo, sobre a postagem O tamanho dos patrocínios:

Bom, a fonte é tucana, isso você sabe tanto quanto eu.
Mas vamos ignorar esse pequeno detalhe.
O processo de financiamento se dá através de lei, e a renúncia fiscal a que você se refere vale para todos, não sendo portanto exclusividade do Lula.
E por fim, lembre-se, essas empresas geram empregos e tributos aos Estado brasileiro.
Se deixar de fazer é omissa; se faz, privilegia uns poucos.
Complicado essa nossa democracia de opinião.

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Do Espaço Aberto:

Não é não, Anônimo.
Democracia de opinião, como você diz, não é complicado.
Complicado é quando não se tem liberdade de opinião.
Esse é um ponto.
O outro ponto é o seguinte.
Você conhece, Anônimo, outra produção nacional que tenha captado patrocínios de num total de R$ 12 milhões?
Você acha mesmo, sinceramente, que essas 18 empresas doaram apenas por, digamos, amor à arte e ao cinema nacional?
Sinceramente, você acha?

3 comentários:

Anônimo disse...

Não, Paulo. Foi porque o Lula é recordista em popularidade e, gostem ou não os tucanos, além de um dos melhores presidentes da História, já é um mito vivo. E as empresas sabem disso. E sabem, consequentemente, que podem lucrar muito com um filme desses.
Só isso. Não tem amor, nem ideologia. Tem capitalismo. Simples assim.
Usar a lista do BNDES é galhofa. As grandes empresas brasileiras são financiadas pelo banco. Ainda bem, porque assim crescemos, geramos emprego, consumo, arrecadação, investimentos, crédito e prosperidade.
Sabe qual é a questão? É que o PSDB achava que o PT e o Lula iam vir com agenda de estudante e se asustaram com um choque de capitalismo que não souberam dar no país porque são sócios subalternos dos conglomerados estrangeiros, na alquimia que, no PSDB, transforma professores em banqueiros.
Fazendo sempre a distribuição de renda, senão não tem mercado que se sustente, fazemos negócios com todos: Cuba, EUA, Irã, Israel, ect.
Essa é a raíz do despeito, do FHC inclusive.

Anônimo disse...

Esse cara é bom de papo. Só esquece que os patrocínios para os Lulas são mesmo muito fáceis (excerto):
20/09/2007
O "rolo" Telemar - Oi Celular - Gamecorp - Na dúvida prestigie os concorrentes!.
A Telemar gastou R$ 5 milhões no final de 2004 e comprou 35% da empresa Gamecorp, de Fábio Luis Lula da Silva, filho do presidente da República. Agora, uma novidade: a Telemar continuou a derramar fundos, mensalmente, nessa empresa.

A título de patrocínio e produção para programas de TV da Gamecorp, a Telemar está pingando R$ 415,75 mil por mês para Lulinha, como Fábio é conhecido pelos amigos. Por ano, R$ 4,989 milhões. Os números são oficiais, fornecidos pela maior operadora de telefonia fixa brasileira, a própria Telemar.

O que diz a Telemar? O investimento vale a pena, pois os programas sobre videogames produzidos pela Gamecorp têm boa audiência e atingem o público alvo. O patrocínio se dá em programas transmitidos pela TV Bandeirantes e Mix TV. O comercial que aparece no ar é da Oi, a operadora de celulares da Telemar.
No mais, outra comparação: a Telemar gasta, por ano, R$ 24,916 milhões com patrocínio e produções na TV Globo. Com a Gamecorp, são R$ 4,989 milhões. Ou seja Fábio Lulinha consegue o prodígio de arrancar da poderosa telefônica o equivalente a 20% do que a Telemar investe na Globo. Nada mal.
Já se sabia que o biólogo Fábio Luís da Silva, um dos filhos do presidente Lula, se tornou milionário nos últimos dois anos fazendo negócios com a Telemar, a maior operadora de telefones do país. Também se sabia que, além de ser uma concessionária de serviço público, a Telemar é em parte uma empresa pública, pois 55% de suas ações pertencem ao Banco do Brasil, ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a fundos de pensão de estatais. Na semana passada, descobriu-se que a relação da Telemar com Lulinha, como é conhecido o filho do presidente, é ainda mais estreita. Em primeiro lugar, o repasse da Telemar para Lulinha não se limitou a 5 milhões de reais, como se noticiou no ano passado, nem a 10 milhões de reais, como a empresa admitiu há duas semanas. A cifra é ainda maior: bate na casa dos 15 milhões de reais. O mais estranho é que, enquanto a Telemar abastecia o filho de Lula com recursos, o Palácio do Planalto preparava uma mudança na legislação que beneficiava a Telemar. O projeto foi abortado quando saiu das sombras a sociedade Lulinha-Telemar.

A Telemar comprou 35% das ações da Gamecorp, a empresa da qual Lulinha é sócio, em dezembro de 2004. Pagou 5 milhões de reais. Há duas semanas, noticiou-se que, além dos 5 milhões de reais, a Telemar se comprometera a repassar outros 5 milhões de reais à Gamecorp em 2006. A justificativa oficial é um patrocínio a um programa de televisão produzido pela empresa do filho de Lula, cujos índices de audiência são desprezíveis. Ao confirmar o patrocínio de 5 milhões de reais, porém, a Telemar escondeu que já repassara à Gamecorp outros 5 milhões de reais, sob a mesma justificativa do patrocínio, no ano passado. Assim, os repasses da Telemar à empresa de Lulinha chegam a 15 milhões de reais. Cinco milhões a mais do que se admitira anteriormente. As coisas se complicam ainda mais quando se examinam as razões pelas quais a Telemar decidiu fazer do filho do presidente um alvo preferencial de seus investimentos.
.... O empreiteiro Sérgio Andrade, é um velho conhecido do presidente Lula. A única filha de Lula, Lurian, chegou a morar no apartamento de familiares de Andrade em Paris.

às 15:46

Anônimo disse...

Eu acredito que tenha sido amor à arte sim. Arte de agradecer ao governo pelas benesses recebidas.
Poxa seu Espaço, vc não acha que o
reconhecimento seja uma conduta virtuosa, hein ?