quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O tamanho dos patrocínios

Do leitor Luiz Otavio Braga, sobre a postagem Lula é só mais um “entre milhões”. É?:

Lula pode até ter sido "um entre milhões", mas já faz uma tempo que não é mais.
Basta ver a lista das empresas que dispuseram "desinteressadamente", é bom que diga, a patrocinar o filme e dessa forma apoiar a sétima arte.
Nunca antes nesse país um filme teve tamanho patrocínio. Aliás, feito através de renuncia fiscal. Ou seja, com o meu e o seu imposto. Puxaram o saco de um entre milhões com o dinheiro de milhões.
Nada mais a declarar.


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Do Espaço Aberto:

Se você quer saber quais são as empresas, confira abaixo (a fonte é a revista Veja desta semana):

AmBev – Em 2005, o BNDES destinou 319 milhões de reais para a empresa de bebidas.

Camargo Corrêa – A construtora participa das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, tendo recebido, em 2008, 102,7 milhões de reais.

CPFL Energia – O controle da distribuidora de energia está dividido entre a Camargo Corrêa, o BNDES e fundos de pensão de estatais.

EBX – Os empréstimos feitos pelo BNDES às empresas de Eike Batista ultrapassam 3 bilhões de reais só neste ano.

GDF Suez – A empresa faz parte do consórcio responsável pelas obras da hidrelétrica de Jirau e recebeu do BNDES empréstimo de 7,2 bilhões de reais.

Grendene – O BNDES aprovou, em 2008, financiamento de 314 milhões de reais para a aquisição total do controle acionário da Calçados Azaléia pela Vulcabrás dos mesmos controladores da Grendene.

Hyundai – Em 2007, o governo federal deu uma mãozinha para a implantação da fábrica da montadora em Goiás.

Neoenergia – O Banco do Brasil e a Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB) detêm, juntos, 61% da companhia. Em 2008, o BNDES aprovou crédito superior a 600 milhões de reais para a construção de usinas pelo grupo.

OAS – Foi uma das financiadoras da campanha de reeleição de Lula. Participa das obras do PAC, tendo recebido, em 2007, 107 milhões de reais.

Odebrecht – Venceu em 2007, em parceria com a estatal Furnas, a licitação para a construção da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira. O valor do investimento foi definido em 9,5 bilhões de reais, com 75% do total financiado pelo BNDES.

Oi – O BNDES aprovou, na semana passada, financiamento de 4,4 bilhões de reais, o maior valor já concedido para uma empresa de telecomunicações. Desde a aquisição da Brasil Telecom (BrT), bancos públicos já aprovaram empréstimos de mais de 11 bilhões de reais ao grupo Oi. O BNDES e a Previ têm participação no bloco de controle da companhia de telefonia.

Volkswagen – Tem contrato com o governo para o programa Caminho da Escola para a renovação da frota de ônibus escolares. Em agosto, entregou o primeiro lote de 1?100 veículos, pelo qual recebeu 223 milhões de reais.

2 comentários:

Anônimo disse...

Patrocínio digno de um astro de primeira grandeza. Só que os lucros dessas empresas são gerados sabe por quem? Por nós todos que compramos e/ou usamos seus serviços. E, como foi mostrado, todas tiveram algum benefício em troca. Aí fica meio esqusito.

Anônimo disse...

Bom a fonte é tucanata, isso você sabe tanto quanto eu, mais vamos ignorar esse pequeno detalhe. o processo de financiamento se dá através de Lei e a renúncia fiscal que você se refere, vale para todos, não sendo portanto exclusividade do Lula. e por fim, lembre-se, essas empresas geram empregos e tributos aos Estado brasileiro. se deixar de fazer é omissa, se faz privilegia uns poucos, complicado essa nossa democracia de opinião.