Em reunião à tardinha desta quinta-feira (24), na sede do sindicato, os bancários repudiraram decisão da diretoria do Banpará, de ingressar com interdito proibitório contra a greve, concedido liminarmente pela Justiça do Trabalho.
A assessoria jurídica do Sindicato dos Bancários já se movimenta para derrubar o interdito e a medida, considerando que a medida requerida pelo banco é antidemcrática e cerceadora de direitos.
O Sindicato e a Fetec (Federação dos Trabalhadores
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Em mais uma medida autoritária e antidemocrática, a direção do Banpará requereu e obteve na Justiça do Trabalho liminar de interdito proibitório em função da greve dos seus funcionários.
Nossa assessoria jurídica já está se movimentando no sentido de reverter essa decisão, provando que o nosso movimento é pacífico e puramente reivindicatório e não pretende se apossar da propriedade do Banpará.
É necessário esclarecer, de imediato, que a referida liminar não impede o exercício do direito de greve. De acordo com a decisão da Juíza da 11ª Vara do Trabalho de Belém, a liminar determina: “... que o réu se abstenha de obstruir o livre funcionamento e acesso dos funcionários, clientes e usuários das agências e dependências administrativas do Banpará e se abstenha de realizar manifestações não pacíficas, inclusive com o uso de equipamentos de som e assemelhados no interior das mesmas, extensiva a todas as agências e prédios administrativos lotados em toda sua base territorial, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00.”
Ora, a greve no Banpará é de adesão espontânea e massiva de seus funcionários. Não há e nem haverá por parte do Sindicato a necessidade de impedir a entrada de funcionários nas agências, porque estes estão convencidos de que somente a greve poderá tirar o Banco da posição de intransigência que vem assumindo perante a categoria.
Portanto, sigamos com o nosso movimento pacífico, ordeiro e sem aceitar provocações de quem quer seja.
Queremos negociar nossa pauta específica de reivindicações. Não podemos aceitar como limite de nossas conquistas as propostas da Fenaban. São anos de congelamento do PCS, foram 20% dos salários dos funcionários apropriados pela empresa e que precisam ser devolvidos, entre tantas outras questões a serem resolvidas somente em mesa específica.
Continuemos a greve, que não é somente dos funcionários do Banpará, mas de todos os bancários do Brasil, por melhores salários, condições de trabalho dignas, por avanços na participação nos lucros e resultados, mais contratações de bancários, garantia no emprego para todos e aumento no piso salarial.
Infelizmente, o Banco opta por uma postura intransigente, um verdadeiro retrocesso ao diálogo travado nas últimas duas campanhas salariais (2007 e 2008) e, sem dúvida, ao se negar a receber e negociar com os representantes sindicais, o banco desrespeita todo o seu funcionalismo, que constrói diariamente os resultados tão festejados recentemente.
Finalmente, lamentamos profundamente que a direção do Banpará se utilize de um instrumento inadequado para as relações trabalhistas, como é o interdito proibitório, sabendo que a saída para o impasse é a negociação.
Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá
Federação dos Trabalhadores
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