Proibida venda de frango vivo

No AMAZÔNIA:

Comprar frango abatido na hora nas feiras é uma tradição que está com os dias contados em Belém. Por decisão da Secretaria Municipal de Economia (Secon), os feirantes só poderão comercializar a ave resfriada ou congelada, do mesmo modo como é feito nos supermercados. A decisão da Secon vai atingir primeiro os trabalhadores e os consumidores das feiras da 25 de Setembro, da Cremação e do Ver-o-Peso, mas, aos poucos deverá chegar, a partir de 2010, todas as 36 feiras oficiais de Belém. A nova ordem para as feiras é baseada nas normas de vigilância sanitária para o comércio de carnes e ainda em normas ambientais, já que o abate de frangos em local aberto irregular produz detritos, como penas e vísceras que, sem o destino adequado, representam risco de contaminação nas feiras.
O processo de mudança no abate e no comércio de frangos vai ser feito em etapas a partir de janeiro de 2010, a cada recadastramento dos feirantes que exercem essa atividade, e que no momento da renovação da licença não terão mais a permissão para abater o frango na própria feira, somente para vender o produto resfriado. A Secon tem 36 feiras registradas em Belém, mas faz a fiscalização também em outros seis espaços de comércio de alimentos que não são feiras oficiais mas foram se formando durante os anos, e que aos poucos também deverão ser enquadrados com as novas normas de comércio do frango.
Por enquanto, quem já renovou a concessão de funcionamento do ano de 2009 poderá continuar a vender o frango abatido na hora, mas já está avisado de que no cadastramento do próximo ano esse tipo de venda estará proibida.
O secretário municipal de Economia, João Amaral, reconhece que o comércio de frango vivo faz parte da cultura de quem usa os serviços das feiras de Belém, mas afirma que o processo todo está sendo discutido em conjunto com o Departamento de Vigilância Sanitária Municipal e a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), responsável pela limpeza das feiras.
Amaral explica que as medidas vão começar pelas feiras que já tiveram seu padrão modificado para serem exemplos de higiene e segurança alimentar.