sábado, 19 de setembro de 2009

Pará amarga desigualdades

No AMAZÔNIA:

Os paraenses estão vivendo mais, estudando mais, trabalhando e detêm um maior poder compra. A melhora dos indicadores sociais foi apontada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou que, no último ano, o Pará avançou em áreas importantes como trabalho e educação. Entretanto, as desigualdades sociais continuam profundas. A rede coletora de esgoto, por exemplo, chega a apenas 3,9% das moradias. E mais de 60% dos paraenses sobrevivem com até dois salários mínimos.
A Pnad 2008 investigou 391.868 pessoas em 150.591 domicílios por todo o País a respeito de sete temas (dados gerais da população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento), tendo setembro como mês de referência.
'De uma maneira geral percebemos uma melhora nos indicadores sociais do Pará, o que não deixam de ser fruto do próprio crescimento econômico que vem acontecendo nos últimos anos. Mas diferenças estruturais em relação ao restante do País mostram que este desempenho ainda está aquém do que é constatado em outras regiões', afirmou o tecnólogo de análises geográficas e estatísticas do IBGE, Luiz Cláudio Martins, responsável por avaliar os dados do Pará.
Um dos avanços mais significativos obtidos em 2008, segundo a Pnad, foi na geração de empregos formais antes da crise econômica mundial. A pesquisa mostra que, no Pará, a proporção de empregados com 10 anos ou mais de idade, com carteira assinada, cresceu 2,9% em relação ao ano de 2007, atingindo 47,2% da população. Este crescimento, porém, foi em um ritmo mais lento do que a média da região Norte (3,3%).
Segundo a pesquisa, nesta faixa etária o número de pessoas ocupadas chegou a 56,3%. As mulheres estão em desvantagem, apresentando um nível mais baixo de ocupação (43%) do que o masculino (70%).
Jovens - A população do Pará continua sendo eminentemente jovem. Segundo a pesquisa, 50,9% deles estão na faixa etária de 0 a 24 anos. Entretanto, a evolução da composição populacional dos últimos cinco anos tende a mudar. De 2004 para 2008, este percentual caiu 4,5%.
O número de pessoas acima de 60 anos pulou de 6,6% em 2004, para 7,4 % em 2008; enquanto os que têm entre 0 e 4 anos caiu de 11,1 % para 9,2 % no mesmo período.
Martins explica que apesar desta evolução, a região Norte - puxada principalmente pelo Pará - continua sendo a única do Brasil que possui um contingente maior de crianças (9,4%) e a que têm menor percentual de idosos (7,1%).
De acordo com a PNAD 2008, o Pará fechou o ano com 7,36 milhões de habitantes. Destes, 50,4% são mulheres e 49,96% são homens.

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