sábado, 19 de setembro de 2009

Carteiros decidem manter a greve da categoria

No AMAZÔNIA:

Por apenas 1 voto os trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) em Belém rejeitaram a proposta salarial da empresa. A decisão foi tomada em assembleia geral ontem à noite, quando 120 trabalhadores votaram contra e 119 a favor do reajuste de 9% e aumento de mais R$ 100 no piso salarial da categoria oferecidos pela direção da empresa. Com isso, mesmo contrariando a orientação da Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Fentect) e da direção do sindicato da categoria em Belém, a greve está mantida.
A direção dos Correios já anunciou que vai entrar com pedido de dissídio coletivo e na próxima semana deverão ocorrer as audiências de conciliação na Justiça do Trabalho. ‘’A proposta foi rejeitada pela decisão da maioria, temos que respeitar, esperamos por uma nova proposta da empresa e vamos informar à sociedade', disse o presidente do sindicato da categoria, Fernando Augusto Silva. As decisões diferentes em cada estado criam impasses sobre a manutenção da greve e a volta ao trabalho.
Na próxima segunda-feira os trabalhadores farão uma nova assembleia para avaliar as decisões sobre a greve nos outros estados brasileiros e se posicionar novamente. Eles querem reajuste salarial de 41,03%, redução da jornada de trabalho sem redução salarial, aumento do quadro funcional e mais aumento de R$ 300,00 no piso da categoria, que é de R$ 640,00. A empresa propôs reajuste de 9% e aumento em R$ 100,00 no piso, porém, este acréscimo só começaria a ser pago a partir de 2010 e com validade de dois anos. Os Correios se dispõem a aumentar o vale-alimentação de R$ 20,00 para R$ 21,50 neste ano e para R$ 23,00 no próximo, com um vale-alimentação extra em dezembro.
Os funcionários também reivindicam auxílio-creche, contratação de novos funcionários, rejeição à terceirização, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), e modificações no Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS). Dos 2,4 mil trabalhadores dos Correios, a metade é de carteiros e quase todos pararam. Estima-se que 800 mil correspondências deixaram de ser entregues no Pará em três dias de greve.

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