domingo, 6 de setembro de 2009

Homem deixa médico de lado

No AMAZÔNIA:

A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Embora as mulheres sejam maioria na população brasileira, eles acabam morrendo mais cedo. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, de 2005, a população masculina respondeu por quase 60% dos óbitos do país. A principal causa das mortes foram as doenças isquêmicas do coração, que incluem o infarto do miorcárdio. Em segundo lugar apareceram as doenças cerebrovasculares, como por exemplo, o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Os dados fazem parte do 'Saúde Brasil 2007', publicação que traça o perfil da mortalidade no país, e constataram que a situação se repete em todas as cinco regiões.
De acordo com Ministério, a população masculina não procura o médico por questões culturais. O medo de descobrir alguma doença e a educação, desde a infância, que os obriga a serem 'durões ou machões' são alguns dos fatores que dificultam o acesso aos serviços de saúde.
O licenciado em História, João Queiroz Rocha, de 54 anos de idade, é um dos homens que costuma freqüentar o consultório médico somente quando está com algum sintoma sério. 'Esse ano eu ainda não fui ao médico nenhuma vez para fazer uma consulta de rotina. É mais fácil eu ir na emergência do hopital quando estou sentido alguma coisa do que ir ao médico no dia a dia. Só procuro mesmo quando estou realmente com alguma coisa que esteja me incomodando', disse.
João afirma que há mais de 2 anos que não faz exames de rotina e atribui à falta de tempo o motivo para não ir ao médico. 'Eu trabalho o dia todo e as minhas atividades são muito corridas. Além disso, fica complicado faltar o serviço e apresentar atestado médicos regularmente. Se eu me sinto bem, não tem porque ficar indo ao médico', afirma.
Apesar dos 54 anos de idade, ele afirma que nunca foi ao médico urologista e ainda não foi ao especialista para realizar os exames preventivos contra o câncer de próstata. 'Acho que um dos motivos é o medo de descobrir se temos alguma coisa e também tem a questão do orgulho que é colocado na sociedade para o homem, por isso ele acaba se afastando dos consultórios e relaxando no cuidado da saúde', explica.
A situação não muito diferente é a do engenheiro agrônomo Guilherme Cunha. Segundo ele, há algum tempo vinha sentido dores na região lombar, próximo aos rins e, por conta disso, ele resolveu ir ao médico para decobrir do que se tratava. Depois de realizar alguns exames, descobriu que estava com cálculo renal. 'Logo após descobrir começei a tomar o medicamento e conseguir expelir as pedras pela urina e hoje estou bem de saúde', disse.

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