No AMAZÔNIA:
A ocorrência de mais mortes entre os homens do que em mulheres chamam atenção para uma questão importante: Por que eles não estão procurando os serviços de saúde regularmente? E qual motivo os levam a não ter cuidado com a própria saúde? Com o objetivo de aumentar a expectativa de vida e diminuir os índices de doenças e mortes no país, o Ministério da Saúde lançou, na semana passada, a Política Nacional de Saúde do Homem. As ações devem facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços saúde como forma de prevenir o agravamento das doenças, já que a maioria dos homens só procura os consultórios médicos quando a doença está em estado avançado ou ainda quando perderam a capacidade de trabalho.
No Pará, a Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) é a responsável por conduzir as ações da programa nacional em todos os municípios do interior do Estado. Com o lançamento da política há pouco mais de uma semana, a diretoria técnica da Sespa ainda está estruturando o serviço e as ações de atendimento no Estado de acordo com a Política Nacional de Saúde do Homem. A secretaria vai repassar aos municípios do interior do Pará as orientações, ressaltando a importância do papel da atenção primária para o desenvolvimento das política nacional.
A nova política é inédita na América Latina e o Brasil será o segundo país americano a implementar um programa de atenção à saúde do homem. O Canadá foi pioneiro. Com a iniciativa, a expectativa é incentivar, pelo menos, 2,5 milhões de homens na faixa etária entre 20 e 59 anos a procurarem o médico ao menos uma vez ao ano. Os dados revelam que de cada 5 pessoas que morrem entre a faixa etária de 20 a 30 anos, quatro deles são do sexo masculino.
No total, serão investidos R$ 613,2 milhões nas secretarias estaduais de Saúde espalhadas pelos país. Entretanto, um dos objetivos do programa é quebrar as barreiras que impedem o homem de sair de casa para se consultar regularmente.
Um comentário:
Aqui, na "Terra de direitos", se o homem se atrever a sair para procurar atendimento médico,...hum, corre riscos.
Primeiro, se ficar na parada esperando o buzão, vai ficar à mercê da bandidagem. Será mais um na estatística da violência.
Se escapar com vida, vai chegar ao hospital e enfrentará, de cara, fila gigantesca para, talvez, pegar uma ficha de atendimento.
Com muita sorte, quase desmaiando de tanto esperar horas e horas, talvez um médico apareça.
Se atendido for, que não ouse imaginar encontrar remédios nos hospitais oficiais.
E ainda corre risco de apanhar dos brutamontes da segurança, por reclamar da demora e da ausência dos mais básicos medicamentos.
Aí, já será o fim do dia, estará escuro e ele voltará a correr risco de assaltos na volta pra casa!
Quem tem ânimo para procurar atendimento médico nessa terra de direitos?
Quem?
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